No Dia da Consciência Contra a Obesidade Infantil, alerta é para que pais fiquem mais atentos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15% das crianças brasileiras estão acima do peso. O número é ainda mais alarmante na região Sudeste, onde o índice chega a 38% entre os pequenos de 5 a 9 anos. Dos fatores que podem evitar essa condição, as decisões de compra dos alimentos a serem consumidos estão entre as mais importantes, assim como a forma de preparo.
O assunto vem à tona para destacar o Dia de Consciência Contra a Obesidade Infantil, instituído como 3 de junho. Para evitar esse tipo de problema, a nutricionista do Prezunic, Leusimar Nunes, dá dicas importantes. “O hábito familiar é fundamental para que as crianças aceitem comer alimentos mais saudáveis que, por algum motivo, ela possa rejeitar num primeiro momento. Ver os pais se alimentando de uma couve-flor, por exemplo, faz com que ela tenha interesse em experimentar”, observa a nutricionista.
Para as refeições do dia a dia, o bom e velho arroz com feijão é uma mistura que se completa em níveis nutricionais, aliada a uma proteína, que pode ser de origem vegetal ou animal. “No caso da proteína, é bom variar entre frango, carne bovina e peixe. Vegetais de cores diferentes também são essenciais para o fornecimento mais completo de nutrientes”, explica.
Observar as cores tem razão de ser. Frutas e verduras avermelhadas são ricas em licopeno, substância que protege de doenças como câncer. As amarelas contêm vitamina A e betacaroteno, bons para evitar doenças de pele, cabelo e unhas, além de fortalecerem a visão. Já as verdes escuras são ricas em ferro, que evita a anemia. As mais claras têm fibras importantes para o intestino.
Uma tendência que tem sido observada entre alguns pais, a de evitar oferecer produtos sem glúten e lactose às crianças, deve ser vista com cautela. Leusimar afirma que esse tipo de restrição só deve ser adotado em casos de intolerância ou alergia às substâncias. “Alimentos sem glúten e lactose não interferem na questão da obesidade. Portanto, não é aconselhável evitar esses tipos de produtos em casos de crianças que não apresentem alergia ou intolerância”, orienta.
Por fim, uma dica importante: ao servir o alimento para a criança, vale explicar a ela a importância de cada um e o bem que eles fazem à saúde. “A criança entende o que nós dizemos, e absorve essas informações. Conversar a respeito de cada alimento enquanto ela come é uma grande estratégia”, finaliza a nutricionista.