Crescimento de pessoas com a doença foi de 12% em uma semana.
São 114.711 casos confirmados de dengue no Paraná, crescimento de 12% em relação ao boletim da semana, que trazia como total 102.427. Os números são acumulados de agosto de 2019 a abril de 2020. Em todas as 22 regionais de saúde já há casos confirmados. No total, 333 municípios registraram pessoas com a doença, isso representa 83% dos municípios paranaenses.
“Reafirmamos que a dengue é um dos principais focos de atenção da Vigilância do Estado. A doença mata e combatê-la é uma responsabilidade de todos: os criadouros do mosquito estão nas residências e a melhor forma de acabar com a transmissão é a retirada mecânica destes focos. Um a um eles devem ser eliminados. Convocamos a todos para este combate”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
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A diferença entre o período anterior de 2018/2019 mostra incremento de 3.475%, ou seja, são 111.503 casos a mais em comparação ao mesmo período do ano passado.
Situação de alerta
Em situação de alerta estão 31 municípios paranaenses, três deles entraram esta semana para a lista: Santo Antônio do Sudoeste, Kaloré e Ribeirão Claro. Em epidemia por dengue há 195 cidades, seis a partir desta semana: Matelândia, Farol, São Manoel do Paraná, Bom Sucesso, Ribeirão do Pinhal e Cambará. O boletim desta semana mostra que três municípios registraram casos de dengue grave: Lupionópolis, Jacarezinho e Ivaiporã.
Mais mortes
Os números da dengue são os maiores já registrados em toda a série histórica da Sesa, que investiga e monitora a doença desde 1991. Em anos anteriores, o último surto de dengue ocorreu no período epidemiológico 2015/2016 com 56 mil casos confirmados em 322 municípios e 63 óbitos. No período 2019/2020, os números de confirmados são maiores que 100 mil casos e 105 pessoas perderam a vida em decorrência da dengue.
Os dados mostram também que 62,9% das pessoas que morreram tinham alguma comorbidade; 15 pacientes tinham no seu histórico de saúde hipertensão arterial sistêmica; outros 32 eram hipertensos e mais uma ou duas doenças (como Diabetes Mellitus, insuficiência renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença autoimune ou cardiopatia); três eram cardiopatas e três tratavam hepatopatia crônica; seis era pacientes com insuficiência crônica; quatro com doenças autoimune; um com poliartrose; um doença pulmonar obstrutiva crônica e um com neoplasia.

Número de casos cresce na região porque há o vetor
JdeB – Na região de Francisco Beltrão, agora são 1.032 casos confirmados, 2.146 notificados e investigados. Em Capanema, são 175 casos e 228 notificados e investigados; Realeza 193 casos e 418 notificados e investigados; Santa Izabel do Oeste 267 casos e 306 notificados e investigados; Salto do Lontra 283 casos notificados e investigados e 225 confirmados.
Os setores de combate a endemias de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão divulgaram dados dos dois municípios terça-feira. Dois Vizinhos e Beltrão estão com 19 casos cada desde o início deste ano.
A chefe da 8ª Regional de Saúde, enfermeira Maria Izabel Cunha, afirma que ações continuam sendo realizadas nos municípios. O grande número de casos, conforme Maria Izabel, é devido à existência do vetor [mosquito]. “Mesmo que o município realize as ações, se não tiver adesão real da população, continuaremos tendo criadouros”, oberva.