Novo protocolo orienta para indicação do medicamento inclusive em casos leves.
A polêmica sobre o uso da cloroquina e hidroxicloroquina está longe de chegar a um consenso. Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou um protocolo para aplicação dos medicamentos em todos os casos de coronavírus, inclusive em pacientes com sintomas leves. A orientação para toda a rede pública sugere ainda a combinação com a azitromicina.
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O delegado do Conselho Regional de Medicina (CRM) da Microrregional de Francisco Beltrão, doutor Badwan Abdel Jaber, no entanto, disse ao JdeB que o Conselho Federal de Medicina (CFM) “preconiza que o médico pode usar a cloroquina em casos moderados e graves de Covid-19, de acordo com protocolos da literatura médica”.
Para os casos leves, Badwan afirmou que “o médico deve avaliar cada caso, avaliar a relação risco-benefício e discutir sua conduta com o paciente. Essa é a recomendação mais sensata defendida pelo CFM diante da falta de consenso na literatura acadêmica em relação a esse assunto”.
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Secretário estadual pondera
Na última terça, 19, o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, também ponderou sobre o uso da cloroquina e hidroxicloroquina proposto no novo protocolo. “Estamos com o medicamento à disposição, o que não quer dizer que eu concorde que tenha toda a panaceia que dizem ter […]. Mas isso não tem se mostrado, do ponto de vista estatístico e de estudos científicos publicados, eficaz a ponto de ser o tratamento de escolha”, disse, em entrevista à Gazeta do Povo.
Beto Preto reforçou que, sem vacina e sem uma cura comprovada, é preciso que a curva de contágio permaneça baixa no Estado. “A metodologia científica nos dá base para continuar. Temos a situação econômica, claro, precisamos trabalhar isso também, com a retomada gradual de algumas atividades, mas insisto em dizer que, neste momento, ainda temos uma linha de equilíbrio no Paraná, mas o número de leitos ocupados cresceu e estamos preocupados com isso todos os dias.”
