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Francisco Beltrão
terça-feira, 03 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Morte de crianças por gripe aumenta no Brasil

Vacinação deste grupo ficou abaixo da meta. Agora, postos aguardam para aplicar 2ª dose.

Em Francisco Beltrão, apenas 77,2% das crianças receberam a vacina.

Em Francisco Beltrão, apenas 77,2% das crianças receberam a vacina.

Foto: Assessoria PMFB

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 44 crianças menores de cinco anos morreram neste ano por complicações ligadas à gripe. O número é mais do que o triplo do registrado em 2017, quando 14 óbitos foram computados pela pasta.

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O grupo de crianças é o que apresenta o menor indicador de adesão à campanha de vacinação contra a doença, que terminou sexta-feira, para o público prioritário, depois de ter sido prorrogada por três vezes. Pelos cálculos da pasta, 3,6 milhões de menores de cinco anos não foram imunizados. Com isso, a taxa de cobertura nacional atingiu 67,7%. A expectativa é de que alcançasse, no mínimo, 90% da população nesta faixa etária.

Gestantes também apresentaram uma baixa adesão, com cobertura de 71%. Desde ontem, a vacinação contra a gripe foi aberta para outros públicos, além dos que são considerados prioritários, crianças de 5 a 9 anos poderão ser imunizadas e também pessoas a partir dos 50 anos.

A tendência de aumento da mortalidade por complicações de gripe não se registra apenas entre crianças. Dados do Ministério da Saúde mostram que ocorreram no País até o momento 535 mortes. A maior parte, 351 mortes, provocadas pela infecção por H1N1. O H3N2, cepa do vírus que no Hemisfério Norte provocou um grande número de casos e mortes, causou no País 97 óbitos.
No total, 54,4 milhões de pessoas deveriam ter sido imunizadas. Os números obtidos até quarta, no entanto, mostram que a expectativa foi frustrada. Apesar de duas prorrogações, 45,8 milhões de pessoas em todo o País foram vacinadas.

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Em Beltrão, doses remanescentes terminaram ontem
Em Francisco Beltrão, seguindo as determinações da 8ª Regional de Saúde, a vacinação foi aberta ao público geral ontem. Contudo, como haviam poucas doses remanescentes no município, em algumas unidades de saúde o estoque se esgotou em menos de 30 minutos e ainda pela manhã as vacinas acabaram no município.

Segundo a enfermeira Kátia Fabielly Schimidt, da Vigilância Epidemiológica de Francisco Beltrão, havia poucas doses remanescentes porque o município atingiu 99,7% da meta de vacinação dos grupos prioritários. Conforme dados da Vigilância, a maior adesão foi dos professores (142,5%), seguido dos idosos (108,9%), trabalhadores da saúde (99,5%) e gestantes (81,5%). O grupo com o pior desempenho, a exemplo do que aconteceu em todo o Brasil, foi o das crianças, que atingiu apenas 77,2% da meta.

Kátia lamenta que, mesmo com a prorrogação da campanha por três vezes consecutivas, muitos pais não tenham levado seus filhos para receber a vacina. “A situação preocupa, até porque temos casos de crianças infectadas com vírus respiratórios. Ainda tem muita resistência de alguns pais, mas, mesmo assim foi um bom número de crianças vacinadas aqui no município. Das 5.128 que deveriam receber a vacina, conseguimos vacinar 3.959 crianças”, destaca a enfermeira.

Agora, os postos de saúde aguardam as crianças que tomaram a primeira dose para receberem a segunda dose da vacina. “Os pais devem observar na carteirinha de vacinação, onde foi anotado o dia do retorno ao posto. Somente depois de receber a segunda dose é que a criança estará realmente imunizada. Além disso, os pais precisam levar a criança para receber a segunda dose no mesmo posto em que recebeu a primeira.

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