Saúde

A demanda por oxigênio aumentou 200% em Pato Branco desde o início da pandemia. Hospitais, unidades de saúde públicas e privadas e famílias em casa demandam diariamente pelo produto que salva vidas nestes tempos difíceis. Segundo o empresário Luiz Chicouski dos Santos, da maior distribuidora de gás medicinal da microrregião, mesmo com a forte demanda não há riscos neste momento de faltar oxigênio para o uso medicinal.
A distribuidora em Pato Branco é abastecida pelo oxigênio produzido em Cubatão (SP), de onde sai com destino a Chapecó (SC) e é distribuído para os estados do Paraná e Santa Catarina. “Antes da pandemia nosso caminhão ia a Chapecó duas vezes por semana buscar oxigênio medicinal, hoje vamos todos os dias, e só não vamos duas vezes porque não temos logística na distribuidora para atender a demanda”, informa Luiz.
O maior problema não é o oxigênio, mas o cilindro para armazenagem. Segundo Luiz, um casco hoje custa quase R$ 4 mil, e por essa razão os usuários, hospitais, unidades de saúde e famílias utilizam os cascos da empresa, que são emprestados. “A gente faz um apelo para quem tiver um casco encostado em casa, faça a devolução para reposição do oxigênio.” Luiz assegurou que no momento não existe nenhum risco de desabastecimento do oxigênio medicinal.
Um ponto positivo é que a lei da oferta e da procura não atingiu os preços, que se mantiveram na média dos últimos dois anos, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 o m³. Uma curiosidade é que o oxigênio consumido na microrregião sai de Cubatão (SP) no estado líquido, em temperatura de 176 graus negativos. Em Chapecó (SC), na distribuidora, o oxigênio passa por filtros para voltar ao estado gasoso e ser enviado às distribuidoras locais.
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