Seu corpo não aceitou a prótese, mas ela comemora a cura do câncer.

Andreia Oliveira da Silva lutou por quase três anos e venceu a batalha contra o câncer de mama. Ela é natural de Marmeleiro, mas reside em Francisco Beltrão. É sócia na Estofaria Brasil, empresa do seu esposo Marlon Cesar da Silva, com quem tem dois filhos: Gustavo Felipe da Silva e Cesar Augusto da Silva.
Ela conta que em novembro de 2018, achou um nódulo na axila esquerda, então foi no posto de saúde, onde fez uma mamografia. “Levou 49 dias pra ficar pronta, em janeiro de 2019. No dia 6, fui pegar o resultado e mostrei pra enfermeira chefe, que me encaminhou pra fazer uma ecografia, constatando que estava com alguma coisa. Fui encaminhada pro Ceonc, com o doutor Januário, que pediu uma biópsia.”
Foram 15 dias de espera e o terrível diagnóstico: câncer de mama estágio 4, ou seja, bem agressivo. Andreia inicia a “batalha”, sua primeira quimioterapia foi no dia 12 de março de 2019. Foram 16 sessões de quimioterapia, quatro vermelhas e 12 brancas. “Nas vermelhas, as pacientes perdem os cabelos, as unhas, perdem peso. Dia 10 de abril de 2019 rapei meus cabelos. Chorei muito, achei que Deus estava me castigando, porque fiquei careca. Desse dia em diante não chorei mais, fui à luta. Ficamos muito fracas, é desumano o sofrimento, mas sabia que tinha que enfrentar, fiz o tratamento com muito positivismo.”

Dia 10 de agosto do mesmo ano, terminou as quimioterapias e foi encaminhada pra fazer a cirurgia no dia 17 de setembro, com a retirada total da mama. “Como eu não aceitava ficar sem as mamas, coloquei prótese. Achei que o pior tinha passado. Em 12 de dezembro, comecei as rádios, quando estava quase na metade começou a queimar a pele, não aguentava mais a dor, não dormia, foi muito sofrido, mas consegui terminar. Como minha rádio foi muito forte, encapsulou meu silicone, sofri um ano pra trocar.”
Ela fez mais uma cirurgia, trocou a prótese, mas a pele estava muito debilitada e não cicatrizou. “O médico falou que teria que tirar, porque não iria fechar por causa da rádios. Novamente, fui pra cirurgia fazer a retirada, chorei muito, porque não imaginava ficar sem, mas como eu estava sofrendo muita dor; resolvi tirar. Hoje estou sem uma mama, tenho muito receio por não ter, mas aceitei com o coração apertado. Não é fácil pra uma mulher ficar sem os seios.”
Andreia ficou com algumas sequelas, mas não se deixou abater. “Também tirei 17 linfonodos do braço, todos com raízes. Fiquei com 70 % da capacidade de mexer o braço esquerdo, mas estou curada, tudo passa e a vida segue.”
Pão do Bem em prol da Mão Amiga
Nesse sábado, dia 23, a Bom Bocado reverterá toda a renda arrecadada com a comercialização do Pão do Bem para Casa de Apoio Mão Amiga, de Francisco Beltrão, numa alusão ao Outubro Rosa. Este pão conta com fermentação natural. “Além de consumir um delicioso e saboroso pão, você estará contribuindo com o Grupo Beltronense de Prevenção ao Câncer”, diz Cláudio Grazik, proprietário da Bom Bocado.