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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

“Ninguém sabe quando vai para casa”, diz beltronense tripulante em navio nos EUA

Angelita Walker Duarte trabalha num cruzeiro para quase quatro mil passageiros que está em quarentena no porto de Nova Orleans.

Angelita Walker Duarte trabalha na

recreação do navio Norwegian Getaway.

O navio Norwegian Getaway, em que a beltronense Angelita Walker Duarte integra a equipe de recreação para crianças e adolescentes, está aportado em Nova Orleans, Luisiana (EUA), desde domingo, 15. A embarcação tem capacidade para 3.969 passageiros e 1.640 tripulantes e está em quarentena por precaução, já que não teve caso nem suspeita de coronavírus a bordo.

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Hoje, apenas os tripulantes permanecem no navio em sistema “lock down”: ninguém entra e todos os passageiros tiveram de desembarcar em Nova Orleans. “Estávamos fazendo roteiro de uma semana, saía de Nova Orleans e ia pro México, Honduras e Belize. Eles avisaram na semana passada que iam suspender as atividades, a princípio não embarcava mais nenhum passageiro, não sabiam nem em que porto iam parar. Aí, domingo, parou em Nova Orleans e o porto está permitindo ficar aqui por enquanto”, conta Angelita. Ela iniciou seu trabalho em fevereiro.

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A Norwegian parou toda a frota de 28 navios e agora está fazendo a logística para enviar os tripulantes para seus países de origem. “Terça [17], começaram a mandar algumas pessoas pra casa, mas é muita gente e eles têm que avaliar com os países que estão com as fronteiras e aeroportos fechados. Várias empresas americanas suspenderam voos pro Brasil. Mas a previsão é que até 1º de abril toda a tripulação tenha sido enviada pra casa. Está todo mundo pronto pra ir embora a qualquer momento.”

Na equipe de Angelita, há 26 pessoas de 11 nacionalidades: Brasil, Polônia, Macedônia, Sérvia, Zâmbia, China, Colômbia, Peru, México, Reino Unido e Estados Unidos. Entre toda a tripulação, ela acredita que cerca de 80% sejam das Filipinas.

Rotina no navio fechado
A tripulação está cumprindo jornadas de quatro horas diárias de trabalho, para deixar tudo organizado e higienizado no navio. “Tem atividades de recreação liberadas pros tripulantes pra manter o ‘moral’ da galera. O departamento médico também funciona o tempo inteiro e, qualquer coisa diferente, mandam a gente na hora pra avaliação. Mas, no geral, tá todo mundo esperando, ninguém sabe quando vai para casa e qual vai ser a rota de volta”, diz Angelita.

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