
de saúde para receber a segunda dose.
Agência Saúde e JdeB –
No primeiro mês de vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), 24.460 meninas do Paraná já tomaram a segunda dose da vacina, o que garante a proteção contra o vírus até que recebam a dose de reforço, em cinco anos. O número representa 9,56% do público-alvo do Estado, formado por 257,5 mil meninas de 11 a 13 anos. No Brasil, 1.215.149 meninas já tomaram a segunda dose, atingindo 24,74% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas. A vacinação da segunda dose começou no dia 1º de setembro e se manterá no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em Francisco Beltrão, Dois Vinhos e Pato Branco, a campanha da 2ª dose ainda não atingiu números expressivos da população-alvo. Mas os índices de imunizadas pela 1ª dose são positivos, mesmo em Beltrão, que ficou com saldo um pouco mais tímido, pois vacinou 1.054 meninas, ou seja, 55,86%. Pato Branco vacinou 91,04%, o que significa 1.595 meninas imunizadas, e Dois Vizinhos deu a 1ª dose da vacina para 807 meninas, ou seja, 90,27% do público-alvo.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforça a importância da segunda dose para a proteção contra o HPV e, consequentemente, contra o câncer do colo do útero – terceiro tumor mais frequente na população feminina e terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. “A primeira dose sozinha não protege contra o vírus. Por isso, a segunda dose é essencial. Com isso, é fundamental que as famílias busquem saber se haverá vacinação nas escolas das adolescentes. Se não tiver, levem suas filhas a um posto de vacinação mais próximo de casa”, alerta o ministro.
Segurança
Atualmente, a vacina é utilizada como estratégia de saúde pública em mais de 50 países, por meio de programas nacionais de imunização. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a conclusão dos casos de efeitos adversos registrados no Brasil só reforça a segurança da vacina. “O desfecho desses casos, sem qualquer lesão ou sequela, é uma comprovação que a vacina é segura”, salienta. Para o secretário, a meta de vacinar 80% das meninas será alcançada.
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo – Papanicolau – a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença. Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos.