Saúde

Desde a antiguidade, o processo do sono gera curiosidade nos homens. Hipócrates, por exemplo, já associava o prejuízo no sono ao aborrecimento e à tristeza, enquanto Aristóteles acreditava que o sono era necessário para manter a percepção sobre a vida.
Devido à pandemia, o sono também tem sido afetado, causando sintomas adversos nos brasileiros. Uma pesquisa com 780 pessoas mostrou que queixas em relação ao sono estão mais frequentes neste momento.
Impactos
O problema, é que as perturbações do sono podem acarretar alterações significativas no funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometer substancialmente a qualidade de vida. Entre as consequências estão a diminuição do desempenho profissional ou acadêmico, aumento na incidência de transtornos psiquiátricos, diminuição da vigilância com prejuízos na segurança pessoal e consequente aumento do número de acidentes. As pessoas que dormem mal tendem a ter mais doenças, menor expectativa de vida e envelhecimento precoce.
Na sociedade moderna, os distúrbios do sono, especialmente a insônia e a sonolência diurna excessiva, são queixas comuns na população em geral. Estima-se que a queixa de insônia nas populações varie de 30% a 50%.
Em nosso momento atual, devido à pandemia, essa identificação de mudança na rotina ficou mais nítida. Sem os horários regulares para acordar, sair de casa, trabalhar, malhar, o ciclo circadiano (o relógio biológico) é rompido e o próprio estresse do período acaba tendo sua parcela de culpa.
A melhor forma em diminuir os distúrbios de sono, nesses casos, é entender quais causas estão relacionadas a essa situação e procurar ajuda médica.
*Vicente Maranhão é médico especialista em Neurocirurgia e atende neurocirurgia e medicina do sono na Clínica do Sono, localizada na Rua Tenente Camargo, 1172, Centro de Francisco Beltrão. CRM 15558