Manipulação manual das articulações também pode melhorar o desempenho esportivo e é indicada a “atletas de final de semana”.

de disco após iniciar tratamento com o osteopata Júlio Chinelato.
Arjen Robben foi um dos jogadores mais importantes da sua seleção, a Holanda, na Copa do Mundo que acabou recentemente. Incansável e imparável, ele mostrou um poderio atlético superior a muitos outros jogadores. Mas nem sempre foi assim. Em 2009, o jogador, devido às seguidas lesões, foi vendido pelo seu clube por um valor bem abaixo do que fora comprado. O segredo para, cinco anos depois e aos 30 de idade, apresentar tal forma física pode ter uma resposta: a osteopatia.
Foi naquela época que o atleta – ele admite isso em entrevistas a revistas da área – conheceu o método, que consiste, basicamente, na estimulação manual dos tecidos (articulações, músculos, tendões, ligamentos, entre outros) com técnicas específicas de manipulações e outros exercícios. A boa prática influenciou colegas não só da seleção holandesa como também aqui no Sudoeste.
Ex-goleiro do Dois Vizinhos Futsal, com passagens pelo União Beltrão e pelas categorias de base do Coritiba, além de ter atuado profissionalmente no Luverdense (MT), Claiton Aguiar, 28 anos, sentiu uma lesão nas costas em novembro de 2012. Conciliou trabalho, treinos e jogos até setembro do ano passado, quando não suportou mais as dores provocadas por uma hérnia de disco entre as vértebras L5 e S1. “Foi então que procurei tratamento com um fisioterapeuta, mas não adiantou”, recorda Claiton.
Quase resignado, o atleta buscou na osteopatia sua última cartada antes de uma cirurgia. Desde a primeira sessão no osteopata, em março deste ano, Claiton já percebeu a evolução. “Senti bastante diferença. Por exemplo, já não tenho mais dor”, diz ele, que também pôde retornar suas atividades como técnico em informática.
Problemas “comuns”
Foram os seguidos movimentos de flexão do tronco que ocasionaram um deslocamento do núcleo pulposo do disco vertebral e, consequentemente, a hérnia na coluna de Claiton. Além desse, outros problemas corriqueiros ocorrem nas articulações de atletas – inclusive aqueles de fim de semana – como entorses de tornozelo, pequenos desajustes articulares do joelho e do quadril, também são alvos passíveis das manipulações osteopáticas.
“Em casos de lesões articulares, o tratamento osteopático em atletas é muito mais rápido, com melhora do desempenho articular já na primeira sessão”, assegura o fisioterapeuta e osteopata Júlio Chinelato, do Centro de Reabilitação Oásis, de Francisco Beltrão. Nas sessões, ele acrescenta, além das manipulações articulares e teciduais, é trabalhado a estabilidade do corpo para que o indivíduo volte a se movimentar como antes sem perigo de retorno da lesão.
“No caso do Claiton, começamos com fortalecimento do músculo transverso do abdômen, assoalho pélvico e eretores da coluna. Isso vai permitir com que ele leve uma vida normal e possa logo voltar a atuar de uma forma segura como goleiro.”
Prevenção a lesões
Não é preciso chegar ao estágio de uma lesão grave para que a osteopatia entre em cena. A técnica de estimulação manual também pode atuar eficazmente na prevenção. “O Robben, jogador holandês, já deu entrevistas falando do uso da osteopatia para prevenir contusões e também aumentar seu desempenho físico, o que é possível porque as manipulações vão acabar melhorando o desempenho articular. E isso também é perfeitamente aplicável às pessoas comuns, a aqueles atletas de final de semana e também para prevenção de lesões por esforço repetitivo”, frisa Júlio Chinelato.
Contato: O Centro de Reabilitação Oásis fica na Rua Luiz Hellman, 12, na Linha Santa Bárbara, caminho para a UTFPR. O telefone para contato é o (46)3523-2578.