Campanha deverá ser prolongada por conta da baixa cobertura. Quanto maior o número de doses aplicadas, menores as chances de nova epidemia como em 2009.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe termina nesta sexta-feira, 22, mas poderá ser prolongada em diversos municípios do Sudoeste. Isso porque cerca de 43,3 mil pessoas dos grupos prioritários (crianças, idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas em privação de liberdade e indígenas) ainda não foram vacinadas, de acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), do Ministério da Saúde.
A meta é vacinar 80% de todo público-alvo, que totaliza mais de 126 mil pessoas na região. Até ontem, o SI-PNI registrava cobertura vacinal de 49,53% na 8ª Regional de Saúde, de Francisco Beltrão, e 67,10% na 7ª RS, de Pato Branco. Os grupos prioritários que mais procuraram os postos de saúde foram as puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) e idosos. Se contabilizada apenas a cobertura dos grupos prioritários, os índices devem ser maiores, pois, conforme explica a enfermeira da 8ª RS, Greicy do Amaral, o sistema inclui os trabalhadores de saúde e portadores de comorbidades.
Os municípios que não alcançarem o objetivo da campanha deverão prorrogá-la. A vacina disponibilizada na rede pública protege contra três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). O período de maior circulação da gripe vai de final de maio a agosto e a intenção é evitar uma nova epidemia da doença como ocorrida em 2009.
Brasil
Balanço do Ministério da Saúde mostra que até o dia 15 deste mês foram vacinados 14,5 milhões de brasileiros. O número representa 29,24% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas mais vulneráveis para complicações da gripe. Mais de 54 milhões de doses da vacina estão sendo disponibilizadas aos estados e municípios para garantir a proteção de cerca de 49,7 milhões de pessoas.
Prevenção
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). Lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; e evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal são medidas simples que ajudam a prevenir a doença.
Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Reações adversas
Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.