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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Paraná é líder na doação de órgãos

Saúde

 

Alep – A médica Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes no Paraná, lembrou que, apesar das dificuldades em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, o Paraná se manteve líder em doações e transplantes de órgãos no Brasil neste primeiro semestre.

Os dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) mostram que o estado atingiu a marca de 44,1 doações de órgãos efetivas por milhão de população (PMP), ficando à frente dos demais estados brasileiros e muito acima da média nacional que fechou em 15,8 PMP.

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Mas para que o Paraná chegasse a essa posição, nos últimos dez anos, precisou construir vários pilares e conta com uma sólida estrutura em 67 hospitais e quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPO). “Essa estrutura é formada por equipes multidisciplinares extremamente treinadas para a captação dos órgãos. Desde a identificação do doador, o diagnóstico de morte encefálica, as tratativas com as famílias dos doadores e a logística para fazer os órgãos chegarem aos pacientes dentro e fora do Paraná”, afirmou.

 

Setembro

Setembro é o mês de conscientização da doação de órgãos.  A coordenadora disse que ainda existe a necessidade de uma mudança na cultura da sociedade, porque o processo de transplantes é relativamente novo na medicina, uma média de 30 anos e a doação tem que ser algo construído culturalmente. “Há 10 anos, por exemplo, no Paraná, 50% das famílias se recusavam a fazer a doação. Hoje esse número é de apenas 20%. O que é um grande avanço” O Paraná também é o estado com maior número de aceitação de doação, o que já representa uma mudança cultural na sociedade.

Para a Arlene, não adianta a pessoa deixar por escrito que é doador. Quem vai decidir sobre isso é a família. Por isso, sugeriu que se deixe claro essa vontade. “Se você deixar claro que é um doador, não haverá conflito após a sua morte, em relação à sua família, que vai atender a um pedido seu”.

 

Perfil do doador no Paraná

“O nosso doador aqui no estado tem mais de 40 anos, o que é muito bom. Significa que os jovens estão morrendo menos”, disse a médica. O lado que não é tão positivo nesse caso, é que as pessoas mais velhas têm mais doenças associadas. Quando a doação ocorre com uma pessoa jovem, vários órgãos são aproveitados, o que não é o caso de uma pessoa mais velha. “Mas o que importa é que nossa realidade é similar à de países da Europa. Estamos no caminho”, concluiu.

O programa Assembleia Entrevista com a médica Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes no Paraná, vai ao ar pela TV Assembleia hoje, 29, pelo canal 10.2 em tv aberta e 16 pela Claro/Net, e pelo canal do Youtube logo após a transmissão da sessão plenária, que tem início às 14h30.

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