Policlínica São Vicente de Paula aprimora artroscopia de quadril

A cirurgia é por vídeo, minimamente invasiva, com pequenas incisões na pele e que pode evitar o processo degenerativo do impacto do fêmur com o acetábulo.

Agora a Policlínica São Vicente de Paula, em Francisco Beltrão, realiza artroscopia de quadril com ainda mais detalhes para aprimoramento da técnica cirúrgica. Na semana passada, houve uma cirurgia de sucesso com a presença do cirurgião ortopedista Marco Antônio Pedroni, que é preceptor do serviço de Ortopedia do Hospital Universitário Cajuru, também trabalha no Hospital Marcelino Champagnat, ambos em Curitiba, e é o presidente da Comissão de Divulgação e Marketing da Sociedade Brasileira de Quadril (SBQ). Ele veio para acompanhar e ajudar os ortopedistas da Policlínica, André Araújo, Roberto de Melo e Kosmos Apostolos Nicolaou, que fez especialização em cirurgia do quadril e agora está morando em Francisco Beltrão, sendo um dos reforços do quadro de médicos do hospital.

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A artroscopia de quadril é uma cirurgia por vídeo, minimamente invasiva, com pequenas incisões na pele e que pode evitar o processo degenerativo do impacto do fêmur com o acetábulo. “O nosso objetivo é propagar a cirurgia de quadril pelo Brasil inteiro através dos nossos colegas, que estão fazendo estágio conosco e se especializando em cirurgia do quadril. Uma técnica mais moderna e mais recente de cirurgia do quadril é a artroscopia de quadril. É uma cirurgia por vídeo, que nós entramos no quadril através de uma câmera de alta resolução, com mini incisões. O objetivo dessa cirurgia, que é considerada nova, é para o tratamento de algumas patologias como os chamados impactos femoroacetabulares, que são o início de degeneração ou de artrose no quadril”, comenta Marco Pedroni.

“Quadril é a junta da cabeça do fêmur (osso da coxa) e a cavidade chamada acetábulo. Essa região, quando o paciente sente dor, é na região localizada inguinal, que desce pro joelho. A articulação do quadril pode ter várias patologias, as três principais seriam a artrose, que é o desgaste da articulação do quadril, a síndrome do impacto, em que o fêmur bate no acetábulo, gerando dor e lesão, e a bursite ao redor do trocanter, chamado de bursite peritrocantérica”, comenta o doutor André Araújo.

“A artrose é o desgaste da articulação do quadril, é uma doença degenerativa, em que ocorre o desgaste da cartilagem, ocorrendo dor e o aumento do atrito. Essa dor na região inguinal, que erradia-se pela coxa anterior, impondo ao paciente restrição de movimentos, dificuldade para caminhar, dificuldade pra trocar a meia e muitas vezes mancando no final do dia”, complementa o doutor Roberto de Melo.

“A Síndrome do Impacto Femoroacetabular acontece principalmente em jovens, atletas que fazem academia, quando ocorre o impacto do fêmur com o acetábulo, no movimento principalmente de flexão e rotação do quadril. Esses movimentos de flexão e rotação do quadril acontecem principalmente ao entrar e sair do carro, exercícios na academia como agachamento, leg press, corrida e, em alguns casos, até de bicicleta. O tratamento é através da cirurgia de artroscopia de quadril, em que nós melhoramos a deformidade mecânica desta articulação, para tentar evitar ou retardar o processo degenerativo”, acrescenta o doutor Kosmos Apostolos Nicolaou.

“Por ser uma cirurgia tecnicamente mais complexa e necessitar de material e de infraestrutura hospitalar mais adequada, é que vim hoje, a convite dos meus colegas aqui, que trabalham na Policlínica, pra ajudá-los. Por quê? Porque nós trouxemos um material de Curitiba, que agora eles vão começar a utilizar aqui e, como eu falei, você tem toda uma infraestrutura do hospital, que dá esse suporte para que possa fazer. Não é qualquer hospital, não é qualquer profissional sem treinamento que pode fazer”, afirma Marco Antônio Pedroni.