
Por Rodrigo Accorsi – Os casos de pessoas que apresentam cálculos renais, ou, popularmente, as pedras nos rins, têm aumentado consideravelmente com o passar dos anos. Segundo o médico nefrologista Paulo Fortes, há algumas razões para o surgimento de novos casos, como o sedentarismo e a falta de ingestão de água. “O envelhecimento da população e os casos de obesidade, além de uma melhora nos métodos para se fazer esses diagnósticos, também apresentam uma alta no número de casos. Porém, boa parte dos casos são de distúrbios do metabolismo, que muitas vezes não têm correlação nenhuma com os fatores acima”. A melhor maneira para prevenir esse tipo de caso, de acordo com o médico, é manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas, diminuir a ingestão de sal, combater a obesidade e realizar os exames de saúde regularmente, entre eles os de função renal como o parcial de urina e creatinina.
Os rins são os órgãos responsáveis por eliminar substâncias nocivas ao sangue, regular a pressão arterial e produzir hormônios, dentre outras funções. Paulo Fortes orienta que se façla exames dos rins regularmente. “No mês de março nós comemoramos o dia mundial do rim e neste ano fizemos campanha para divulgar a necessidade da realização de exames da função renal regularmente. A Sociedade Brasileira de Nefrologia recomenda a realização, uma vez por ano, de exames laboratoriais para avaliar a saúde dos rins: dosagem de creatinina no sangue e análise de urina, para que se possa prevenir a doença renal.”
A doença renal crônica é silenciosa. O médico informa que cerca de 10% da população apresenta problemas renais. “A grande maioria desses pacientes não apresenta sintomas. Às vezes descobrem a doença quando já estão em fase da necessidade de diálise (procedimento realizado para substituir a função do rim artificialmente), o que torna fundamental os exames de saúde de rotina e o controle das doenças, como a hipertensão arterial e o diabetes.” Viver com apenas um dos rins é possível e quem tem apenas um dos órgãos pode levar uma vida normal, mas Paulo orienta que deve ter alguns cuidados a mais do que uma pessoa com ambos os rins. “Precisa, por exemplo, tratar e prevenir precocemente os cálculos renais e infecções do trato urinário, realizar exames periódicos de sangue e urina ao menos uma vez ao ano, manter uma boa hidratação e controle rigoroso de doenças como pressão alta, diabetes e colesterol alto”.
Ele é o novo coordenador do curso de Medicina do campus da Unioeste de Francisco Beltrão e, como está assumindo agora a nova função (também faz parte da Associação Médica do Paraná – Regional de Francisco Beltrão), diz que ainda é cedo para que possa fazer qualquer tipo de avaliação sobre o funcionamento do curso. “Como o curso ainda é novo, acredito que tenhamos que evoluir bastante em infraestrutura e corpo docente. Para isso, com certeza o curso necessitará do apoio de toda sociedade, da classe médica e da classe política para que possa continuar evoluindo”.
Doenças que mais acometem os rins:
– Insuficiência renal crônica
– Litíase renal (pedras))
Lomerulonefrites (inflamação)
– Nefropatia hipertensiva e diabética
– Infecções urinárias
– Doença renal policística.