Município ultrapassou os 400 casos confirmados.
Realeza divulgou terça-feira, 12, que ultrapassou os 400 casos confirmados de dengue — são 402 no total. O número corresponde a 19,6% dos casos da região Sudoeste apresentados no boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também terça-feira. Devido ao protocolo para repasse das informações, os dados da Sesa e das secretarias municipais de Saúde podem ser diferentes. O JdeB adotou os números do Estado nesta reportagem.
No boletim estadual, Realeza aparece com 386 casos confirmados e 625 notificações; os dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram 402 casos e 675 notificações. É o município da região com o maior número de casos, seguido por Santa Izabel do Oeste (352), Salto do Lontra (271) e Capanema (250), todos da 8ª Regional de Saúde, de Francisco Beltrão. Na 7ª RS, de Pato Branco, os maiores números de casos estão em Chopinzinho (134), São João (120) e Pato Branco (82).
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O maior número de casos positivos em Realeza está no Centro, seguido dos bairros Nossa Senhora Aparecida, João Paulo II, Alto Boa Vista, São José, Jardim Marchese e Cazaca. No Centro, já foram realizadas ações como arrastão pente fino e aplicação de inseticida, porém, o número de casos continua subindo.

em Realeza, pois gera novos focos de dengue.
Drones fazem monitoramento
A Secretaria de Saúde de Realeza firmou parceria com a empresa Geo-X Tec (www.geoxtec.com.br), startup sediada no município, para realização voluntária de ensaios com drones para identificação de água acumulada em calhas, marquises e locais de difícil acesso. Após o mapeamento das áreas de maior contaminação, a empresa irá apresentar dados gerados por softwares e inteligência artificial aos agentes de combate a endemias, para que possam identificar os locais e eliminar os focos.
Camila Viana, bióloga e coordenadora da Vigilância Sanitária, afirma que o principal problema em relação à dengue é a falta de conscientização das pessoas. “Precisamos que cada um faça sua parte. Enquanto as pessoas não se responsabilizarem e cuidarem da suas casas, de seus terrenos, tirar um tempo toda a semana para dar uma olhadinha no seu lote, na sua calha e observar se não tem nenhum material que possa acumular água, os casos vão continuar aumentando, e corremos o risco de ter um óbito por dengue em nosso município”, completa a coordenadora. *Com informações da assessoria.