5.7 C
Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Região ainda luta contra o vazio da UTI pediátrica

 

Eduardo Cioato.

A implantação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica na área da 8ª Regional de Saúde ainda não tem uma data prevista. O Ministério Público abriu um procedimento investigatório para entender os motivos da demora para o serviço sair do papel. 

O diretor do Hospital Regional Walter Alberto Pécoits, Eduardo Cioato, procurado pelo JdeB, disse que há uma decisão de se implantar no estabelecimento leitos da UTI e também uma enfermaria pediátrica. Contudo, para isso acontecer, o prédio precisa passar por algumas adaptações físicas e, o mais importante, a contratação de funcionários, através de concurso público, que ainda não tem uma data definida. Hoje, os casos que demanda o atendimento são estabilizados no HR e encaminhados para Pato Branco ou União da Vitória.

- Publicidade -

A secretária de Saúde de Francisco Beltrão, Rose Mari Guarda, lembra que, quando foi projetado, o HR já previa ao menos dois leitos de UTI pediátrica. “Desde o início o hospital deveria estar ofertando este serviço. É uma luta da região e se isso acontecer ajudará muito para atender os casos infantis de maior gravidade.”

Cíntia Ramos, chefe da 8ª Regional de Saúde, diz que o processo para implantação da UTI pediátrica está tramitando. “Nos próximos dias, estaremos reunidos novamente com secretários de saúde e a direção do HR para buscar uma saída.” Conforme disse, o Hospital Regional tem a dificuldade da falta de profissionais, especialmente de enfermagem, que precisam ser contratados via concurso. “É nossa vontade sim que essa UTI seja instalada no Hospital Regional, que é público e atenderia toda a região.”

A enfermeira Maria Isabel Cunha, uma das coordenadoras do Programa Rede Mãe Paranaense da 8ª RS, ressalta que a UTI pediátrica é fundamental para reduzir ainda mais a taxa de mortalidade infantil da região. “A gente tem esse vazio na região, porque as nossas UTI’s atendem recém-nascidos só até os 28 dias, que é um período neonatal. A partir daí não tem dentro da Regional de Saúde uma referência pra essas crianças dentro do programa Rede Mãe Paranaense”, diz Maria Isabel. São considerados óbitos infantis aqueles até um ano de idade.

De acordo com ela, o prejuízo não é tão grande, porque o Estado tem um número de leitos suficientes. “A única dificuldade é que não temos acesso facilitado a estes leitos. Primeiro porque a nossa região está mais distante dos centros. Há um tempo de resposta que é importante e ele acaba ficando muito longo, comprometendo uma assistência mais resolutiva para essas crianças. Então é de entendimento, inclusive do Estado, que esses leitos precisam ser implantados no Hospital Regional.” 

Isabel ressalta que foi estabelecido que o HR deve atender prioritariamente a rede Mãe Paranaense. “Tem que atender essa criança até um ano de idade e pra ele atender a rede de urgência e emergência também precisa ser referência em leitos pediátricos pra crianças.” 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques