Saúde

A Secretaria de Saúde de Francisco Beltrão divulgou ontem, através do Setor de Endemias, o resultado do mais recente Levantamento do Índice de Infestação do Mosquito Aedes aegypti (Liraa), realizado nesta semana. O índice é de 3,6%, considerado de médio risco. Ficou bem acima do levantamento anterior, que foi de 0,7%.
De acordo com Tania Lise, coordenadora de endemias da Secretaria, as vistorias foram feitas em 1.600 imóveis, com o registro de 61 focos positivos, predominantes em cisternas e vasos de flores. Tania relata ainda que a maior concentração de focos está nos bairros Sadia, Júpiter, Pinheirão, Jardim Seminário, Luther King, Guanabara e São Miguel.
A coordenadora volta a pedir o apoio da população, mantendo as ações de prevenção para que os criadouros sejam eliminados. As equipes de saúde continuam trabalhando em toda a cidade, fiscalizando e orientando. Nesse trabalho, são cumpridas todas as recomendações de prevenção do Ministério da Saúde em relação à pandemia da Covid-19.
Inclusive, as vistorias são feitas somente na parte externa dos imóveis. Neste ano, período de janeiro até agora, foram registrados 42 casos de dengue em Beltrão, sendo 31 autóctones e 11 importados.
Principais criadouros
O informe epidemiológico semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti continuam sendo recipientes como garrafas e latas, além de vasos de plantas e bebedouros, entre outros depósitos móveis e que podem ser removidos para evitar que o mosquito nasça. Confira a lista completa:
Passíveis de remoção/proteção: lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros-velhos, entulhos de construção, pneus e outros materiais rodantes.
Depósitos móveis: vasos/frascos com água, pratos, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais, materiais de depósito de construção, objetos religiosos ou de rituais.
Armazenamento de água para consumo: depósito de água elevado (caixa-d’água) ligado à rede pública e/ou ao sistema de captação mecânica e depósitos ao nível do solo para armazenamento doméstico (cisternas).
Depósitos fixos: tanques em obras, borracharias e hortas, calhas, lajes e toldos em desnível, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras/vasos em cemitérios, cacos de vidro de muros, outras obras arquitetônicas.
Criadouros naturais: axilas de folhas (bromélias etc.), buracos em árvores e em rochas, restos de animais (cascas, carapaças etc.).