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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Serviço de alta complexidade do HR ajuda a melhorar índice de mortalidade infantil

 

Médico Luis Henrique Caselani Macedo, chefe
do serviço de obstetrícia do Hospital Regional. 

 

O Hospital Regional Walter Alberto Pécoits teve papel importante na melhoria dos índices de mortalidade infantil na microrregião de Francisco Beltrão. Só neste ano, até o mês de agosto, foram realizados no estabelecimento 450 partos de gestantes de alto risco. Além disso, ocorreram mais de 180 internamentos na UTI neonatal e 1.200 internamentos de obstetrícia. 
Pela primeira vez, em cinco anos, a microrregião conseguiu reduzir o índice de mortalidade infantil abaixo da média paranaense. O Paraná registrou até setembro uma taxa de 11,16 óbitos infantis para cada 1.000 nascidos vivos, enquanto a 8ª RS teve 10,3 óbitos/1.000 nascidos vivos.
Segundo o médico Luis Henrique Caselani Macedo, chefe do serviço de obstetrícia do Hospital Regional, este suporte especializado está garantindo melhores condições de atendimento à gestante. “Antes, quando diagnosticávamos um problema mais grave durante a gravidez, não tínhamos para onde encaminhar a paciente.

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O tratamento tinha que ocorrer no município que, embora conte com muitos profissionais competentes, nem sempre tem a estrutura necessária.”

Luis observa que a criação da Rede Mãe Paranaense melhorou o fluxo de atendimento em toda a região, com o tratamento inicial, intermediário e de alta complexidade. De acordo com ele, há uma investigação maior sobre as causas de cada óbito, para evitar casos futuros, e os municípios estão mais engajados para evitar os óbitos neonatais (até 28 dias), que é onde a microrregião tinha índices muito altos. “Além da assistência adequada ao parto feita pelo Mãe Paranaense, o pré-natal de alto risco está sendo feito no Hospital Regional por uma equipe que está muito focada. As vagas ofertadas suprem a demanda e o índice de perdas gestacionais é baixíssimo.” 

O médico afirma que as gestações de alto risco estão diretamente ligadas na região a três fatores principais: doença hipertensiva na gravidez, diabetes gestacional e restrição ao crescimento intrauterino. O HR, informa, tem a única UTI neonatal de toda a microrregião e atende pacientes da saúde pública e suplementar. “É um trabalho democrático, em que todas são atendidas da mesma maneira”, ressalta. O HR tem uma equipe formada por 12 médicos obstetras. Além do plantonista, há um médico rotineiro horizontal, que visita todas as pacientes. 

70 gestantes por mês
Cada município tem um número determinado de vagas conforme os indicadores e dimensionamento da população de risco. Em média dão entrada 70 gestantes de alto risco por mês. “Se espera que 15% das gestantes de cada município apresentem complicações e é com base nestes índices que organizamos todo nosso atendimento”, explica o diretor do HR, Eduardo Cioato. Nos 27 municípios, até o mês de setembro, houve o registro de 34 óbitos infantis, sendo 21 neonatais e 13 pós-neonatais. A expectativa é que o número chegue ao final do ano bem abaixo dos 69 casos registrados em 2013. 

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