Um novo levantamento do índice de infestação de Aedes no município será divulgado.
JdeB – Os números de casos de dengue em Francisco Beltrão estão caindo nas últimas quatro semanas. No entanto, a quantidade de casos dos últimos dias não foi informada pela administração municipal.
Tânia Lise, coordenadora do Setor de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, atribui a queda a vários fatores. Equipes da Secretaria de Saúde têm feito visitas aos domicílios, caminhonetas com os equipamentos de fumacê que pertencem à Secretaria de Estado da Saúde em ruas e imóveis – eram duas, agora só uma está em Beltrão – e também ao esforço das pessoas, que estão verificando mais os possíveis focos ou locais que podem servir de criadouros do Aedes aegypti nas suas residências.
Um novo levantamento do índice de infestação de Aedes (Lira) está sendo feito pelo Setor de Combate a Endemias no município e deve ser divulgado na próxima semana. Tânia acredita que, com a chegada do frio, nos próximos dias, a tendência é que haja uma diminuição no índice de infestação do Aedes.
Mas ela reforça que as pessoas precisam fazer a sua parte, ou seja, verificar os vasos com folhagens ou flores, calhas, recolher o lixo nos imóveis. Esses locais podem favorecer a proliferação do Aedes, que pode transmitir o vírus da dengue.
Tânia ressalta que se continuar o problema, em setembro ou outubro a situação pode ficar ainda mais séria em termos de casos de dengue. Ela lembra que o fumacê passado pelos veículos da Secretaria de Saúde resolve “só 30% do problema. “Não adianta se a população não colaborar.”
Dois bairros
O número de casos de pessoas contaminadas nos bairros Alvorada e Nossa Senhora Aparecida diminuiu. Ambos foram o epicentro da epidemia, nos meses de fevereiro e março.
Agora, muitos casos vêm sendo detectados em moradores dos bairros Padre Ulrico e da Cidade Norte.
Mais três pessoas morrem por dengue no Paraná
AEN/Sesa – O Paraná registra 124.078 casos notificados para investigação, com 43.751 confirmações de casos de dengue, conforme o boletim divulgado esta semana pela Secretaria de Estado da Saúde. São 6.703 casos a mais, um aumento de cerca de 18% em relação aos números do informe anterior. Os dados são do 37º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022.
Dos 373 municípios que registraram notificações de dengue, 315 confirmaram a doença, sendo que em 274 deles são de casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes.
Três pessoas morreram em decorrência de complicações da doença. Trata-se de uma mulher de 95 anos, que residia em Cascavel e dois homens, um de 20 anos morador de Maringá e um de 85 anos, de Londrina. Os óbitos ocorreram entre os dias 26 de março e 14 de abril de 2022. Desde o início do período, o Paraná soma 12 mortes pela doença.
Desde 19 de abril o Estado confirmou a condição epidêmica de dengue por conta dos casos prováveis e confirmados, que estavam acima do esperado para o período. Diante deste cenário e do aumento dos casos, os técnicos em todos os níveis do governo, intensificaram as ações de Vigilância Ambiental.
“Nossas equipes estão atuando em todas as regiões do Estado para que os casos de dengue não subam ainda mais. Reforço o pedido para que a população fique atenta a todo e qualquer foco ou onde o mosquito possa proliferar. A dengue mata e por isso precisamos da ajuda de todos”, alertou o secretário da Saúde, César Neves.
Os sintomas da dengue
Dengue – Normalmente o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39º a 40º C) de início repentino, com duração máxima de sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores no corpo, prostração, fraqueza ou erupções cutâneas.
Zika – Manchas vermelhas pelo corpo, com coceira intensa, febre baixa ou até mesmo ausente, olhos vermelhos e dores nas pequenas articulações.
Chikungunya – Febre alta, dores intensas nas articulações, dor nas costas, dores pelo corpo, erupção avermelhada na pela, dor de cabeça e dor retro-ocular.