Saúde

A Universidade Paranaense (Unipar), Unidade de Francisco Beltrão, desenvolveu importante pesquisa sobre o impacto da sensação dolorosa pós-cirúrgica em pacientes de unidade de saúde do município. O estudo foi feito in loco, desenvolvido na época pelo formando, hoje docente do curso de Enfermagem da universidade, Willian Rosa Boff. A sensação de dor é capaz de reduzir a qualidade de vida, uma vez que se trata de uma experiência desagradável, que pode alterar aspectos físicos, espirituais, psicológicos e sociais.
Apesar de ser considerado o quinto sinal vital, a dor é desfavorável na recuperação do paciente e por isso precisa ser monitorada constantemente. Levando em conta que o processo cirúrgico por si só, pode desencadear na maioria dos pacientes, sensibilização nos mecanismos dolorosos, a dor é um sinal clínico esperado.
A pesquisa avaliou a dor de pacientes pós-cirúrgicos de um hospital de referência no Estado do Paraná. Foram avaliados 73 pacientes, maiores de 18 anos atendidos pela unidade de saúde, em um período de 30 dias consecutivos. A avaliação ocorreu em dois momentos, na primeira hora e vigésima quarta hora pós-procedimento.
Como resultados foram identificados que a maioria dos procedimentos eram de caráter eletivo, sendo que as cirurgias ortopédicas prevaleceram. Segundo estudos a especialidade ortopédica é responsável pelo maior número de acometimentos dolorosos.
Contudo, no estudo em questão, a maioria dos pacientes avaliados não referiu dor alguma na primeira hora, número que sofreu redução notável com o passar das horas, tal achado (ausência de dor) é controverso à literatura, o que pode estar associado a métodos analgésicos utilizados.
Segundo a professora Franciele Santos Zonta, o controle doloroso é considerado quesito de qualidade e segurança, nesse sentido a equipe, principalmente de enfermagem, por atuar de maneira mais estreita com o cliente, deve estar apta a identificar e implementar medidas de controle doloroso, visto que o tratamento adequado, farmacológico ou não, vai além das questões orgânicas, sendo uma ação humanizada e essencial para a recuperação dos indivíduos.
A pesquisa foi orientada pelas professoras Franciele Zonta e Jacqueline Vergutz Menetrier.
O artigo completo foi publicado num importante periódico regional, da área: Revista Biosaúde.