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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Vacina chega a Beltrão e seis primeiras doses são aplicadas

Profissionais da saúde foram os primeiros a serem imunizados.

Prefeito Cleber Fontana e o secretário Manoel Brezolin ao entrarem no restataurante do Parque de Exposições com a primeira caixa de vacinas.

Os primeiros seis profissionais da saúde foram vacinados no início da noite de ontem, 19, no restaurante do Parque de Exposições Jayme Canet Júnior, em Francisco Beltrão. Cada um representa um estabelecimento de saúde do município — UPA, Hospital Regional, Samu, Hospital São Francisco, Ceonc e Policlínica — e recebeu a primeira dose da vacina CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac. 

Ao todo, foram destinadas ao município neste primeiro momento1.078 doses, que devem ser aplicadas nesta semana a outros profissionais da saúde que atuam diretamente com pacientes da Covid-19 e idosos em asilos. O prefeito Cleber Fontana (PSDB) dedicou o ato de vacinação de ontem aos profissionais da saúde e a todas as vítimas da pandemia.

Ele também destacou a importância da data e a chamou de um dia “de gratidão e de esperança”. 

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“É o primeiro passo de uma luta que vai levar mais alguns meses rumo à vitória, que vai deixar para trás esse período muito triste da humanidade, não é de Beltrão, não é do Paraná, não é do Brasil, é do mundo. O mundo foi um antes e um depois de 2020, e nós temos que agradecer a todo o trabalho e também fazer a homenagem para aquelas pessoas que ficaram pelo caminho. Então, estes profissionais de saúde que serão hoje [ontem] vacinados: sintam-se representantes de todas essas pessoas que trabalham no dia a dia, que se arriscam, que cumprem sua missão de vida, mas também representantes dessa homenagem àqueles que nos deixaram”, declarou o prefeito.

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Atraso na entregaAs vacinas estavam previstas para chegar às 14h50 ao município de Pato Branco, de onde seriam transportadas até Beltrão pelo ar. A expectativa era de que o ato de vacinação começasse às 16h30. Mas, de acordo com Cleber, um problema com a aeronave que trazia as doses fez com o que o trajeto tivesse que ser feito por terra, atrasando a entrega. 

Apesar da demora, o secretário municipal de Saúde, Manoel Brezolin, destacou a data como histórica no município e como algo que marca o momento que nos levará “ao mais próximo do normal”.

Ele também criticou os movimentos contrários à vacinação, dizendo que pessoas que “quiserem saber a opinião de vacina” devem ouvir “a comunidade científica”.

“Quando as pessoas quiserem saber a opinião de vacina, ouçam a comunidade científica, ouçam os pesquisadores. Alguns estão pesquisando há muitos anos e seguindo o que os outros fizeram. Então, você tem um histórico de pelo menos 400 anos, de pelo menos 200 anos de vacina aplicada e acho que são neles [pesquisadores] que devemos confiar”, pontuou Brezolin.

Cintia Jaqueline Ramos, diretora-geral do Hospital Regional do Sudoeste, também ressaltou que é um momento de esperança. Ela apresentou dados do impacto da pandemia na rede e disse que, de 23 de março até o dia 31 de dezembro, o HRS atendeu 550 pacientes da Covid-19; todos passaram pela UTI ou pela enfermaria destinada a tratamento da doença no hospital.

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No mesmo período, 96 pessoas morreram por complicações causadas pelo coronavírus. “Pra nós, é um momento de esperança, um momento, depois de dez meses que está transcorrendo a pandemia, de muitas dificuldades no atendimento, somos um hospital estratégico para o paciente grave, moderado, suspeito e confirmado do Covid. É um marco histórico”, disse a diretora.

Sem prazo para próximas remessas Nos próximos dias, segundo a Cintia, 20% de toda a equipe do hospital — 139 funcionários — deve receber a vacina. Em até 30 dias, as pessoas imunizadas com essa primeira remessa devem receber a segunda dose, que já tem material guardado na Cemepar pelo Governo do Estado. 

Mas, segundo Manoel Brezolin, ainda não há data para novas remessas: “A próxima remessa para os demais trabalhadores, para o restante da população, infelizmente, nós não temos [data]. (…) Mas como a vacina chegou antes da previsão inicial, acreditamos que a produção aumente”.

O município também não deve adquirir insumos. De acordo com o secretário, isso ficará a cargo do Ministério da Saúde e a divisão pelo Estado do Paraná. 

Plano estadual Segundo o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19, na primeira etapa da vacinação a população-alvo é composta por profissionais que aplicarão as vacinas, pessoas com mais de 60 anos que residem em instituições de longa permanência para idosos (Ilpi) e os profissionais que atuam nos locais, pulação indígena e todos os trabalhadores que atuam em unidades de saúde que atendem pacientes com suspeita ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

Na sequência, o Estado planeja vacinar pessoas com 80 anos ou acima desta idade, pessoas entre 75 e 79 anos e assim sucessivamente, até aqueles que têm idade variando entre 60 e 64 anos.

Com a quantidade de doses disponibilizadas até o momento e as que chegarão nos próximos meses, seguindo a ordenação por grupos prioritários, a previsão é vacinar o total de 4.019.115 pessoas até maio de 2021.

A vacinação ocorrerá de acordo com o recebimento dos imunizantes, de forma gradual e escalonada. A expectativa é vacinar todos os paranaenses acima de 18 anos ainda em 2021.O Paraná tem 1.850 salas de vacinação nos 399 municípios. A quantidade de locais varia em cada cidade de acordo com o tamanho da população.

Os municípios são responsáveis pela gestão dos profissionais para aplicação das doses da vacina, assim como pelas estratégias de vacinação chamada extramuros, ou seja, fora das salas de vacinação. Um exemplo de desse formato é a vacinação em terminais de ônibus ou drive-thru.

Olhar de felicidade da enfermeira Midiã Wanessa Orlandin, do Hospital São Francisco, ao receber sua primeira dose da vacina contra a covid.

 

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