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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

LEUCEMIA

Franciane teve os três irmãos compatíveis para doação de medula

Vanusa doou medula para a irmã, Franciane, em 2020, por ter compatibilidade maior. Foto: Arquivo pessoal.

JdeB – Em 2020, a beltronense Franciane Rodrigues começou a perceber sintomas de que não estava muito bem. Tinha infecções de garganta frequentes e sensação de cansaço. Mas foi somente após passar mal e precisar de internamento que se cogitou que tivesse leucemia. Encaminhada para Curitiba, recebeu o diagnóstico de um tipo grave da doença, a leucemia mieloide aguda, que avança rapidamente. Em dois dias, já estava recebendo o tratamento, mas sua esperança era encontrar um doador compatível.

Sempre que há diagnóstico de leucemia, o transplante de medula óssea é feito geralmente a partir de familiares. Se não houver ninguém compatível, é acionado o registro com dados dos doadores de todo o País. No caso de Franciane, os exames detectaram que os três irmãos eram compatíveis. “Dois tinham 50% e uma 75% de compatibilidade, o que já é muito bom para que o transplante tenha sucesso”, comenta. Seu transplante ocorreu quatro meses após o diagnóstico e já vinha fazendo quimioterapia.

Diversos exames são necessários para atestar o estado de saúde do doador, que recebe medicação para aumentar a produção de medula no sangue. O procedimento em si durou cerca de quatro horas, no Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba. A irmã Vanusa possibilitou uma nova chance para Franciane.

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Após o transplante, é preciso aguardar o tempo de “pega” da medula no receptor e acompanhar se não haverá algum tipo de rejeição do organismo. Neste caso foram 14 dias para os primeiros sinais de que o procedimento tinha sido efetivo. Foram mais 100 dias entre visitas rotineiras no hospital e repouso e em um ano Franciane já havia recuperado sua saúde quase que plenamente.

Ela conta que, mesmo após alguns anos do transplante, precisa tomar alguns cuidados, mas está viva e com saúde graças ao “sim” da irmã. “Não é totalmente como antes, tem que tomar alguns cuidados, mas trabalho, tenho uma vida normal porque tive a felicidade de encontrar alguém na família compatível e disposto a passar por todo o processo da doação, tenho muita gratidão por tudo”, relata.

Franciane defende que mais pessoas se cadastrem no sistema nacional de doadores de medula óssea, já que nem todos os pacientes encontram compatibilidade na família. O cadastro é feito nos Hemonúcleos com a coleta de um pequeno frasco de sangue.

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