
JdeB – “Eu trabalhava numa firma, aqui de Beltrão (a Mercúrio, do Cláudio Ribeiro), e um dia colocaram pra descarte umas listas de telefone. No meio de uma daquelas listas grandonas, tava esse jornal. Eu pensei não vou jogar fora, vou levar pra casa.”
Assim conta o motorista aposentado Luiz Padilha, de 73 anos. E ele doou aquele exemplar, primeiro número da Gazeta do Povo, de Curitiba, publicado em 3 de fevereiro de 1919, para o museu do Jornal de Beltrão.
Em seis páginas formato estander, sem nenhuma foto, a Gazeta iniciou com muitos anúncios (mais de 50) e matérias mais de nível nacional, com títulos bem tópicos (sem verbos) A sucessão presidencial, Nosso Rumo, fundação do comitê Pró-Dantas, , candidatos Arthur Bernades e Ruy Barbosa, notas militares, congresso legislativo e notas da cidade, como aquela da Associação Coritibana dos Empregados no Commercio.
Luiz Padilha é catarinense de Caçador, mas reside em Francisco Beltrão desde 1957. Chegou “logo depois da Revolta”, com seus pais João Morais Padilha (falecido) e Guilhermina Falcão Padilha (está com 94 anos). Primeiro no Jacutinga, em 1963 mudou para a cidade. Luiz diz que gosta de colecionar suas preciosidades. Entre as coleções que guarda, tem uma com quase 500 canetas.