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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Ouvidos abertos para o mercado de trabalho

 

Suzana Konig mostra seu conhecimento e faz
as unhas de sua mãe, Neusa, no salão.

 

Uma limitação auditiva pode parecer um grande obstáculo para quem precisa estudar. Para muitas pessoas, essa dificuldade seria uma desculpa para não seguir em frente na hora de se aprofundar no conhecimento. Mas para a jovem Suzana Konig, de 19 anos, a barreira é apenas uma motivação a mais para continuar batalhando por um espaço no mercado de trabalho. 

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Mesmo com uma limitação auditiva de 92%, ela se formou em dois cursos técnicos gratuitos do Senac no ano passado. Suzana conseguiu conciliar as aulas do Ensino Médio com o aperfeiçoamento dos cursos de Recepcionista e Vendedora, oferecidos numa parceria com o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). 

“No começo foi difícil, mas o Senac ofereceu um intérprete para ela e as aulas se tornaram mais agradáveis. Quando a Suzana chegava em casa, começava a contar tudo o que aprendeu no curso do Senac”, comenta Neusa, mãe de Suzana e dona do salão de beleza em que a filha trabalha desde que se formou. “Ela já está muito bem no trabalho do salão de beleza. Agora, o objetivo da minha filha é fazer uma faculdade de Letras em Libras, que tem uma grande procura no mercado de trabalho”, acrescenta.

Suzana diz que os cursos foram muito importantes para que ela pudesse atender melhor os clientes do salão de sua mãe. “Aprendendo a receber as pessoas e vender um produto, consigo me relacionar muito bem com as pessoas que chegam no salão. Procuro me aperfeiçoar cada vez mais para melhor atender os clientes”, declara a jovem, que, mesmo com a limitação auditiva, tem uma boa dicção e se sai muito bem na leitura labial.
No início deste ano, Suzana passou no concurso de auxiliar administrativa da Prefeitura de Dionísio Cerqueira (SC), município vizinho, pois pretende trabalhar sempre perto de casa. “Pra ela é complicado morar sozinha longe de casa. Sempre vai esbarrar na comunicação. Mas fazendo uma faculdade a distância e trabalhando perto de casa, ela pode evoluir ainda mais”, afirma Armindo, pai de Suzana.

“A gente sente muito orgulho pela nossa filha, pois ela tem uma disposição muito grande. Está sempre em busca da independência, e isso é muito bom. Acho que os cursos do Senac ajudaram ela a se desenvolver ainda mais”, complementa Neusa.

Na opinião de Armindo, os jovens precisam buscar seus direitos, pois está muito mais fácil estudar nos dias de hoje. “Uma vez era muito complicado estudar, mas hoje é bem diferente. O Governo Federal tem parcerias que ajudam os jovens a entrarem no mercado de trabalho. A gente fica muito feliz de saber que nossa filha foi beneficiada com esses cursos, pois ela melhorou muito desde que começou”, avalia.

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