Saúde
O Estado do Paraná está enfrentando o grave problema da epidemia da dengue. A situação, especialmente nas regiões Norte e Noroeste é grave e preocupante. Na semana passada eram 34 mil casos confirmados ao longo de seis meses, mas principalmente em 2020.
O verão e a chuva favorecem o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Em nota, bispos do Regional da CNBB no Paraná expressam a preocupação com a dengue e fazem apelo:
“Como Igreja, comprometida com a vida, que é “dom e compromisso”, nós, bispos do Paraná, queremos convocar todo o povo para adotar medidas de prevenção e combate a essa grave doença.
Estudos já revelaram que o modo mais eficaz de combater a dengue é eliminar os criadouros do mosquito.
O que fazer
Diante dessa realidade, pedimos a colaboração dos sacerdotes, lideranças, fieis e de todas as pessoas de boa vontade que valorizam a vida, para combater os focos de acúmulo de água parada. Para isso, vamos eliminar qualquer recipiente de potencial criadouro do mosquito, como: latas, embalagens, copos, plásticos, tampinhas de refrigerante, pneus, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas, tambores, latões, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. Verifique sempre, especialmente após a chuva, locais como: quintais, calhas, ralos, poços, fossas, caixas d’água, entre outros.
Onde estão os focos
Cerca de 98% dos focos do mosquito Aedes estão nos quintais, pátios e ambientes internos das casas e empresas. A dengue é uma doença que pode matar, por isso é preciso que cada um faça a sua parte, assumindo a atitude evangélica do bom samaritano, que cuidou daquela vida que encontrava-se ameaçada.
Além dessa realidade que tem afetado diretamente nosso povo, o mundo enfrenta mais um desafio: a difusão do novo coronavírus (Covid 19). Assim como no caso da dengue, todos têm responsabilidade de evitar as situações e circunstâncias que possibilitam o contágio. Por isso, recomendamos algumas medidas às paróquias e comunidades do Paraná:
1. Evitar o aperto de mãos durante a acolhida aos fiéis;
2. Não dar as mãos durante a oração do Pai Nosso.
3. Omitir o abraço da paz.
4. Distribuir a comunhão somente sob uma espécie, exclusivamente, na mão, garantindo que o fiel comungue diante do ministro.
Acrescentamos, ainda, as “medidas de prevenção”, recomendadas pelas autoridades sanitárias: 1. Higienizar as mãos, muitas vezes, com água e sabão ou álcool em gel.
2. Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
3. Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada uso) a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
4. Evitar tocar no nariz ou boca, após o contato com superfícies.
5. Manter os ambientes bem ventilados;
6. Repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Vivendo a Campanha da Fraternidade deste ano, Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso, contamos com a ajuda de todos no combate e prevenção dessas doenças. Que essa Quaresma nos inspire a ser uma Igreja cada vez mais samaritana, misericordiosa e que cuida da vida. Rogamos para todos a bênção e a proteção de Nossa Senhora do Rosário do Rocio, padroeira do Estado do Paraná.”
Dom Geremias Steinmetz arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Regional Sul 2
Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba e vice-presidente do Regional Sul 2
Dom Amilton Manoel da Silva, bispo auxiliar de Curitiba e secretário da CNBB Regional Sul 2
Pe. Valdecir Badzinski secretário-executivo da CNBB Regional Sul 2