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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Como os espanhóis veem o coronavírus

Saúde

O engenheiro ambiental Maicon Galvan, de Francisco Beltrão, que está cursando mestrado em Madri, Espanha, chegou terça-feira, 10, no País, vindo com avião que saiu do Aeroporto de Guarulhos (SP). Ontem ele postou nova mensagem no grupo de whatsapp Diário de Informação com novas informações sobre o coronavírus e o comportamento dos madrilenhos.

Veja o relato:
Então, ao que tudo indica e o que observamos aqui: O cuidado básico com a saúde é algo cultural mesmo o povo tem costume de usar álcool em gel, já por natureza, entrando e saindo do metrô, ônibus, trem, Renfe, ou enfim locais de transporte público com alta aglomeração de pessoas, hoje [ontem] nos deparamos com cenas que no momento não representam exatamente o holocausto instalado na Europa. Por que? Aqui ouve-se muito que temos de cuidar dos idosos e recém-nascidos, por terem uma saúde mais frágil, mesmo assim o pessoal toma por hábito cultural as medidas de precauções, embora saibamos que a cultura daqui é adiantada e sim, todos, todos os madrilhenhos têm a noção do que está acontecendo e a postura do Governo Espanhol é: previna-se e tome os cuidados básicos. A gente, de fora, olhando a organização, teme o vírus mais fortemente no Brasil do que aqui, pois a saúde pública na nossa região aqui é equiparada à saúde privada, ou aquela que é paga em todo caso. O contexto maior de preocupação se dá com as pessoas menos favorecidas, que sabemos que mais dia, menos dia, irá chegar. Agora, vamos analisar as proporções: até ontem corona matou 4.087 pessoas em todo o mundo, 77% fatais na China, pouco mais de três mil pessoas. A China por sua vez tem 1.394.550.000 habitantes. O que precisa se atentar são para redobrar os cuidados principalmente de nossos vovós e vovôs, e lógico, saúde sempre vai ser preocupante, e como dizem aqui, até não ter a “cura” vamos nos cuidar para atrasar a chegada do vírus na cidade. Mais um detalhe: aqui algumas empresas multinacionais mandaram seus empregados trabalhar em casa. Algumas escolas também pediram para que os alunos que puderem faltar, faltem. Mas igrejas, metrô, terminais e locais de grandes aglomerações estão tranquilos e normais.

O que mudou?
Hoje estamos mais conectados. Ficamos sabendo de tudo em tempo real. A China foi inteligente, alertou a população, cremos que levaremos um ano ainda para ter uma vacina eficaz, então neste inverno brasileiro vamos precisar tomar muitas precauções, salvo aparecer uma vacina extremamente eficaz.
Em que caso usar a máscara?
A orientação é que pessoas sem sintomas não precisam usar máscara e sim para as pessoas que tem algum sintoma. E claro quem tem estes sintomas deve se precaver. E quem não tem não deve achar que usar uma máscara cirúrgica vai resolver. Deixo claro que isso não é visão de especialista. Mas a minha de um estudante e turista. Ouvimos também que o caso do H1N1 foi muito mais grave e não ouve tanta aglomeração. Mas é prudente prepararmos os sistemas de saúde, pois é uma doença respiratória com muitas mutações.
Maicon Galvan
Estudante do MF Business School, Madrid, Espanha.
Formado em engenharia ambiental e possui especialização em Meio Ambiente e Prevenção

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