Problema tem sido recorrente no prolongamento da Avenida Júlio Assis.
A aglomeração de pessoas no prolongamento da Avenida Júlio Assis Cavalheiro, no Bairro Industrial, em Francisco Beltrão, tem sido um problema recorrente neste período de pandemia do novo coronavírus.
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A orientação para as pessoas é que fiquem em isolamento e os que precisam trabalhar ou se locomover usem máscaras. Mas no prolongamento, os jovens voltaram a se encontrar para tomar bebidas, conversar e fumar narguilé, praticamente ninguém usava máscaras; o distanciamento também não foi respeitado.
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Sábado e domingo, dias 16 e 17, à tarde, foram de temperaturas amenas, o que favoreceu os encontros das pessoas no prolongamento da Avenida Júlio Assis. O secretário municipal de Saúde, Manoel Brezolin, reconhece que neste local vem ocorrendo aglomerações seguidas. “Quando é dentro de um estabelecimento, a Vigilância em Saúde tem poder de autuação, quando é ambiente externo tem que pedir pra PM conversar e dissolver os grupos”. Na maioria das vezes, o pessoal da Vigilância vai junto com os policiais onde as pessoas estão reunidas em grupos.
A Vigilância em Saúde orienta que as pessoas voltem pra casa e não fiquem próximas umas das outras. Quando os jovens não obedecem, os profissionais da Vigilância em Saúde chamam a Polícia.
Manoel acha que estas aglomerações estão ocorrendo porque Beltrão até agora teve poucos casos da Covid-19 – dez pacientes, oito já recuperados – e também possivelmente porque as pessoas estejam cansadas de ficar em casa. “O pessoal vai perdendo o medo da doença, achando que ela não vai chegar”, comenta o secretário.

Manoel Brezolin: as pessoas devem manter os cuidados.
Foto: Flávio Pedron/JdeB
Busquem outras formas
Mas ele reforça que é preciso isolar parte da população para evitar a disseminação do vírus em grande escala. “Nós precisamos que as pessoas que gostam de sair, que elas arranjem uma outra forma de se divertir, em casa, isolados”, reforça Manoel.
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Ele acrescenta dizendo que “caso contrário, com o aumento de casos, pode haver a proibição até do setor produtivo e das pessoas que saem para pra trabalhar, podendo comprometer tanto o pessoal que trabalha quanto a parte econômica”.
O município ficou cerca de três semanas com as empresas do comércio e prestação de serviços fechadas e vários órgãos públicos estaduais e federais fechados. As aulas presenciais estão suspensas nas escolas das redes estadual e municipal e nas instituições de ensino superior continuam suspensas. Clubes de mães e grupos de idosos ainda não estão autorizados a voltar às atividades. Até mesmo os eventos sociais, culturais e reuniões gerais estão proibidos.
Apelo à comunidade
Manoel faz apelo para que as pessoas continuem usando as máscaras, mantenham distância umas das outras, usem álcool em gel, façam a sua higienização e evitem aglomerações.
Oficial da PM diz que houve exagero e blitz terão continuidade
JdeB – O comandante da 1ª Companhia do 21º BPM, tenente Anderson José Srutkoske Frossard, que responde pelo policiamento em Francisco Beltrão, diz que a corporação está fazendo blitz educativas. “Acontece que esses últimos finais aconteceu uma procura exagerada ali pelo prolongamento da Avenida Júlio Assis. Com uso do narguilé, aglomeração e som alto. A gente faz a abordagem, entrega a máscara para as pessoas que não tem.”
O oficial informa que muitas pessoas, quando abordadas, se conscientizam e voltam para suas casas. Outras nem tanto. “Às vezes, quando a polícia chega ou está se aproximando, eles (jovens) colocam a máscara e se comportam de uma forma como a legislação atual prevê, mas aí quando a gente sai, voltam ao costume antigo, permanecendo sem máscara ou usando narguilé coletivamente.”
No Paraná, o uso de máscara em locais públicos é obrigatório. Para as pessoas físicas há uma multa no valor de 1(uma) a 5 (cinco) UPF/PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná); O valor de uma UPF é de R$106,60. Contudo, ainda não foi definido quem irá fiscalizar e aplicar esta multa aos cidadãos.