Beltrão
Reunião da diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas, ontem.
Foto: Luciano Trevisan/JdeB
Lojas associadas à CDL de Francisco Beltrão atenderão até às 19h, nesta sexta-feira, 12, Dia dos Namorados. A direção da entidade lojista entende que atendimento estendido favorece principalmente o consumidor que trabalha durante o horário comercial.
A adesão ao horário especial é espontânea. “Cada empresa tem autonomia para definir se abre em horário estendido ou não”, adianta a gerente-executiva, Syrlei Zapelini.
Ela explica que a CDL faz sugestões aos seus associados para garantir que o consumidor que procura o atendimento em horário especial encontre várias opções.
“Somos uma cidade polo, recebemos clientes de toda a região. Se o cliente vem de outra cidade para cá, é interessante que encontre várias empresas abertas.”
Abertura em feriados?
A necessidade de recuperar as perdas ocasionadas pelos dias de portas fechadas tem feito lojistas ventilarem a abertura do comércio em alguns “feriados” — na maioria, datas que são ponto facultativo.
Syrlei informa que a CDL tem se preocupado em orientar seus associados sobre os prós e contras de abrir as portas nestas ocasiões. A principal questão é trabalhista.
“Estamos num período em que é natural que o lojista queira recuperar parte dos prejuízos. Mas, é preciso ter o cuidado para não criar ainda mais problema.”
Para dar segurança aos associados, sempre que a questão aparece, a entidade tem buscado um parecer junto à sua assessoria jurídica e disponibilizado aos empresários.
“É lógico que cada um conduz a sua empresa da maneira que acha melhor. A nossa obrigação é informar e, com base nisso, cada empresário toma a sua decisão.”
Ela vê como tendência a ampliação dos dias de atendimento e também a abertura em novos horários. E argumenta que tais questões sejam debatidas com antecedência,
“Temos datas que não tem sentido as empresas fecharem. Carnaval é um exemplo, além de ser ponto facultativo, aqui não tem evento nenhum. Só atrapalha o comércio.”
Uma percepção da gerente é a de que o comércio precisa se preocupar em não fechar ao meio-dia. Ela entende que para muitos consumidores é o horário mais viável.
“Faz tempo que a gente vem dando essa sugestão. Não estamos inventando, é a realidade de grandes centros e de outras cidades como a nossa. É pensar no que é melhor pro cliente”.
