Saúde
Alep – A preocupação com a pandemia imposta pelo novo coronavírus fez com que se elevassem os casos de transtornos de saúde mental na população. Tanto pela situação atípica, quanto pelo impacto que a doença tem gerado nas famílias e nos profissionais de saúde.
Por isso, este foi um dos temas abordados na décima reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa, que aconteceu ontem, 2, por videoconferência, e com transmissão pela TV Assembleia, nos canais 10.2 em TV Aberta e 16 pela Claro/Net, e redes sociais do Legislativo.
“É um tema muito pertinente neste momento em que as pessoas estão trancadas em casa e com medo do que vem pela frente”, afirmou o coordenador do grupo, o deputado Michele Caputo (PSDB).
Ao enumerar algumas consequências psicológicas da pandemia, Osvaldo Tchaikovski Júnior, diretor do hospital psiquiátrico Adauto Botelho, lembrou da elevação nos números de violência, nos divórcios, perdas das relações familiares, medo de adoecer, de perder alguém e os problemas econômicos, como desemprego, que geram danos à saúde mental. “O tema é fundamental, porque estamos no Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. Para se ter uma ideia, para cada caso de suicídio, pesquisas apontam que houve 20 tentativas”, afirmou. Ele defendeu o desenvolvimento de políticas de saúde mental, que podem ter consequências para muito além da pandemia. “Isso vale para o pós-pandemia. Incluindo a população e os profissionais de saúde”.
O deputado Alexandre Amaro (Republicanos) comemorou a aprovação do projeto de lei que tornou os templos serviços essenciais no Paraná e o fato do Governo reconhecer a importância das igrejas, utilizando-as como pontos de distribuição do cartão Comida Boa. Ele terminou a fala ressaltando que a fé e a união das igrejas, não importando a denominação, são essenciais nesse momento.