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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Crescem oportunidades de emprego no mundo automotivo, mas é preciso qualificação

Agência do Trabalhador está ofertando cada vez mais vagas para profissionais da área.

Empresas do setor buscam profissionais mais especializados em áreas específicas.

Fotos: Leandro Czerniaski/JdeB

O empresário Osnir de Oliveira, do Centro Automotivo Osnir, está conseguindo manter seu negócio imune neste período de pandemia. Mesmo com a instabilidade econômica, não precisou demitir nenhum dos mais de 20 funcionários e até pensa em contratar, mas tem dificuldades em encontrar profissionais qualificados em áreas mais específicas.

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“Nós temos uma dificuldade de achar aquele profissional mais especializado. Hoje já trabalhamos com carros mais tecnológicos, os híbridos e elétricos, e precisamos nos preparar para o que está surgindo de novidade, mas é preciso que se tenha a qualificação certa”, comenta Osnir.

Na Agência do Trabalhador de Francisco Beltrão, a procura por mecânicos e chapeadores aumentou nas últimas semanas. Das mais de 100 vagas ofertadas pelo órgão, nove eram para profissionais automotivos. E elas são preenchidas constantemente. “Dificilmente as vagas se repetem por muitos dias, elas vão sendo encaminhadas, ocorre a contratação e novas vão surgindo”, afirma Noely Thomé, gerente da Agência.

Segundo ela, as empresas locais estão demandando mais mão de obra, desde julho, mas a contratação, muitas vezes, esbarra na falta de qualificação. “Temos um trabalho articulado com instituições de ensino para ofertar cursos e isso acaba sendo um diferencial para quem está buscando uma colocação melhor, especialmente na área automotiva. A capacitação é um dos principais critérios para a contratação”, diz. Em agosto, 176 trabalhadores encaminhados pela Agência foram efetivados.

Curso técnico
A busca por mecânicos mais qualificados esbarra num antigo preceito da profissão – o aprender fazendo. O Senai de Beltrão oferece o curso técnico em manutenção automotiva, com duração de dois anos e que capacita para a realização de diagnósticos e execução de manutenção em equipamentos, dispositivos e acessórios de veículos, além da elaboração de planos de manutenção.

As possibilidades de trabalho para os técnicos são amplas, mas o coordenador do curso, Marcelo Dacorregio, diz que a falta de remuneração condizente acaba desestimulando os formados. “O curso técnico é bem abrangente e já permite formar um profissional qualificado e que pode se aprofundar dentro de outras sub-áreas da manutenção automotiva, mas as empresas do setor precisam, também, estar dispostas a remunerar melhor os profissionais mais capacitados.”

Oficinas e centros automotivos estão buscando mais profissionais nas últimas semanas.

A qualificação é um diferencial para trabalhar nesta área. 

 

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