Postos estão vendendo cerca de 40% menos nesta semana.
A combinação de dois fatores vem contribuindo para a queda no consumo de combustível nos últimos dias. Os constantes reajustes no preço da gasolina pela Petrobrás e a quarentena com restrição de funcionamento de diversas atividades no Estado ocorrem ao mesmo tempo e adiam a recuperação do setor de combustíveis.
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Desde a primeira quarentena na região, em março do ano passado, os postos de Francisco Beltrão estão vendendo menos. Nos últimos meses o setor reagiu, mas nesta semana voltou ao patamar de cerca de 50% da média de vendas de antes da pandemia. “Desde o início do ano havia um clima de otimismo com a chegada das vacinas, retorno de aulas, mais atividades trabalhando, mas agora o lockdown — que é necessário — voltou a frear o consumo porque há vários setores parados”, comenta Alcindo Hunning, do City Bell. Ele cita que no caso do diesel a procura é normal e que há fila de espera para embarcar este combustível nas distribuidoras.
Cido Biavatti, proprietário do Posto Vila Nova, explica que uma das atividades que mais impactam nas vendas são as aulas, pois muitos pais, professores e alunos se deslocam dentro de Beltrão ou vêm de outras cidades para estudar aqui. Nesta semana, seu posto está vendendo cerca de 40% menos que há um mês e, devido ao aumento da gasolina, há mais motoristas optando por abastecer com etanol. “O nosso setor é apenas um dos afetados pela quarentena, pois há um efeito em cadeia dentro de cada atividade”, diz Cido.
Somente neste ano, a gasolina sofreu cinco reajustes e seu preço médio de venda nas refinarias subiu 41,5%. Em Francisco Beltrão, o combustível já é comercializado por mais de R$ 5,50 em alguns postos.
