Saúde

O tipo de tratamento deve ser definido entre médico e paciente. “Quem quer fazer tratamento precoce que faça, e quem não quer fazer tratamento precoce que não faça.” “Falar que Ivermectina e Hidroxicloroquina matam é uma falácia”. É o que diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro. Em vídeo que circula pela internet, o presidente do Conselho Federal de Medicina comenta a atual situação de pandemia vivida pelo Brasil:
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“A situação do Brasil é de tragédia. Essa pandemia não mata no Brasil, ela mata no mundo. O Brasil, hoje, é 25°, 24° país no número de mortos por habitante. O que tá acontecendo no Brasil, tá acontecendo no mundo, mas, infelizmente, aqui no Brasil há uma insistência por parte da sociedade, por parte da mídia de procurar culpados. Em 1.500 anos de existência, é a primeira vez que nos deparamos com um inimigo tão poderoso quanto a Covid-19. Temos que estar todos juntos pra ajudar as autoridades a vencer esse adversário terrível. As mortes que estão acontecendo no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro não é o culpado, nem os ministros do Ministério da Saúde, nem o ministro Queiroga que mal assumiu e está sendo bombardeado por parte da sociedade.
Não podemos ter críticas fraticidas, sempre procurando culpados pra tudo o que acontece no Brasil. O Conselho Federal de Medicina defende veementemente um programa de vacinação em massa no Brasil e esse programa vai acontecer, porque tem muita coisa a ser comemorada. Não comemorada, mas a ser enaltecido por parte do governo e do ministro Pazuello, que saiu do Ministério sobre pesadíssimas críticas.
Por mais que as pessoas digam que existe consenso na literatura em relação ao lockdown, por exemplo, não existe consenso na literatura em relação ao lockdown! Me desculpe, mas não existem estudos que digam que o lockdown tenha um efeito melhor que a proteção dos vulneráveis, o uso de máscara, o distanciamento social, enfim, medidas de restrição, preservando a liberdade das pessoas.
Então, o Conselho Federal de Medicina tem uma obrigação legal, somos a entidade maior da medicina brasileira. O Conselho Federal de Medicina é a maior entidade reguladora médica no mundo, não existe no mundo um país que tenha 530 mil médicos registrados numa única entidade médica. A nossa responsabilidade é imensa. Quando a Associação Médica Brasileira ou as entidades de sociedades especializadas dão uma opinião sobre um assunto, é uma opinião, um posicionamento, mas os médicos não têm que seguir aquilo que estão orientando. Posição diferente do Conselho Federal de Medicina, que quando nós orientamos, quando fazemos uma resolução, o médico é obrigado a fazer aquilo que nós determinarmos.
O que nos entristece muito no Brasil é que tem alguns assuntos que são proibidos. Quando nós questionamos alguma coisa, como por exemplo, será que o lockdown tem efeitos melhores que medidas restritivas? Somos taxados de bolsonaristas, negacionistas, terraplanistas. Então, certos assuntos não podem ser proibidos, temos que discutir sem a politização que existe no Brasil.
Em relação ao tratamento precoce: o que nós questionamos aqui é essas história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito na Covid-19 na fase inicial, ela não é verdadeira, porque existem trabalhos que mostram o benefício do uso dessas medicações na fase inicial da doença e existem outros trabalhos que não mostram nenhum benefício dessas medicações, quando usadas na fase inicial da doença.
Essa é a realidade, essa é a verdade. Qual foi a postura do Conselho Federal de Medicina? Vamos deixar pro médico brasileiro no caso concreto, junto com seu paciente, dentro do consultório, definir qual tipo de tratamento ele vai estabelecer com o paciente. Nós respeitamos o médico brasileiro; o médico brasileiro não precisa de tutor, o médico brasileiro sabe como tratar Covid e não estamos falando de política, estamos falando do médico brasileiro lá na ponta, junto ao paciente, dentro do consultório.
Mas, pra nós aqui, é muito triste estarmos discutindo o chamado tratamento precoce, perdendo tanto tempo com isso por medicações que, com todo respeito, falar que ivermectina e hidroxicloroquina matam, é uma falácia pra não falar em coisas piores. As prioridades do Conselho Federal de Medicina, hoje, são outras.
Essa discussão em relação ao tratamento precoce é uma discussão totalmente politizada e isso é estéril! Quem quer fazer tratamento precoce que faça tratamento precoce; quem não quer fazer tratamento precoce, não faça tratamento precoce. Agora, esses ataques… a gente se coloca acima disso, eles não nos atingem. Quem está aqui no Conselho Federal de Medicina tem que estar habituado a esse tipo de situação.”