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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Pediatra alerta para a doença mão-pé-boca, que atinge principalmente crianças até 5 anos

Está sendo registrado um surto em vários Estados brasileiros.

Geralmente, a doença mão-pé-boca melhora espontaneamente em cerca de uma semana.

Com o retorno da convivência física, os vírus também se disseminam mais facilmente. É o que está acontecendo com a doença mão-pé-boca, que é de alta contagiosidade, de transmissão respiratória e fecal e oral, e que não costuma ser grave, como explica dra. Elizamara Segala, pediatra. “É causada pelo vírus coxsackievirus, um enterovírus do grupo A ou B. Geralmente melhora espontaneamente em cerca de uma semana. Porém, em alguns pacientes podem fazer erupções extensas, mas raramente complicações cardíacas, neurológicas e pulmonares, ou até mesmo óbito.” Confira a entrevista.

JdeB – Mão-pé-boca é uma doença comum?
Não, porém estamos em um surto no momento, em vários Estados do Brasil. Embora não seja notificação compulsória, quando ocorrem dois ou mais casos já são notificados, na tentativa de inibir casos novos, já que o contágio é rápido.

Como é a transmissão?
É muito fácil transmitir, porque uma criança infectada pode transmitir direta ou indiretamente pelas fezes e secreções respiratórias desde alguns dias antes do aparecimento dos sintomas. Basta um espirro em cima de algum brinquedo em comum. Pode transmitir por até três semanas, mas a primeira semana é o período de maior transmissibilidade, e após o contato pode demorar de 3 a 6 dias para manifestar sintomas, embora já esteja transmitindo.

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Qual o tratamento?
No geral, sintomáticos para dor, febre é manter-se hidratado. A complicação mais frequente é a desidratação, devido à dificuldade de ingestão de líquidos pelas lesões aftosas na boca. Algumas crianças podem necessitar de sonda do nariz ao estômago ou solução venosa enquanto não conseguem se alimentar devido à dor. Algumas, até a saliva têm dificuldade engolir por 24 a 48 horas. Existem outras complicações raras, mas que podem ocorrer, como miocardites, edema pulmonar e acometimento do sistema nervoso, nesses casos precisará de internação e tratamento específico.

Como evitá-la?
Otimizar medidas de higiene, principalmente após as trocas de fraldas, higienização adequada de brinquedos, utensílios, superfícies em comum. Evitar que crianças suspeitas, com febre e recusa alimentar, por exemplo, ou já com diagnóstico, brinquem com as saudáveis, até pelo menos sete a dez dias do início dos sintomas. Vale citar que essa imunidade não é duradoura, podendo fazer a criança pegar novamente se outra exposição futura.

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Quais os sintomas?
Os primeiros sinais são febre, dor de garganta, recusa alimentar, lesões na língua, mucosa bucal, seguida de erupção ao redor da boca, mãos e pés, inclusive em palmas e plantas, como se fossem picadas de inseto ou bolhas. Porém, em alguns casos, podem ser mais evidentes em cotovelos, tornozelos, nádegas e genitália e em alguns não se manifestam aftas na boca. Cerca de um mês após a melhora, pode ocorrer o deslocamento da lúnula da unha, ou seja, desprende essa parte branca e nasce unha nova.


Em geral, atinge crianças de qual idade?

Pode acometer adultos, se for exposto de forma intensa ao vírus, mas é mais frequente em crianças, principalmente em menores de 5 anos. E a gravidade da lesão está associada à quantidade de vírus no qual o indivíduo foi exposto.

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