Hoje os candidatos estão se digladiando, e amanhã já estão se abraçando. Não perca suas amizades por causa disso.
Esse momento tão aguardado por eleitores e candidatos é um momento muito importante para o nosso País, mas que também é recheado de expectativas por parte da economia brasileira. Empresas e empreendedores já se planejam para os cenários possíveis. Direita, centro e esquerda disputam eleitores quase que no laço.
As cenas são as mais diversas. Candidatos rezando, participando de procissão, abraçando o pobre, comendo pastel, fazendo caminhada e até mesmo usando trajes de origem duvidosa. Tudo para conquistar o eleitor e garantir-se por mais quatro anos. Sarcasmos à parte, esse momento eleitoral que estamos prestes a vivenciar deve sim ser tratado com toda seriedade que se espera.
Por mais que muitos critiquem a internet — que até ministro do STF disse que a mesma deu voz aos ignorantes —, ela ainda é um espaço democrático, mas que como brasileiros ainda estamos aprendendo a usar. Os ataques de lado a lado só demonstram as fragilidades que temos com o contraditório. Esse amadurecimento virá com o tempo! É preciso votar com responsabilidade, analisar candidatos e propostas, e você eleitor, que já se definiu, não gaste energia com discussões. Você só paga de “bocó”, como diria o Rei Julian, do filme Madagascar.
Seu voto deve ser pensado não apenas em você, mas nas gerações futuras, nos projetos seus e da comunidade em que você vive. Nem sempre o que parece ser bom para você será bom para a maioria, e isso também deve ser pesado na balança eleitoral. As discussões (saudáveis) sobre política devem ser permanentes, mas sem paixões. As paixões nos cegam, nos deixam frágeis e nos tornam tolos muitas vezes. Prova disso é que hoje os candidatos estão se digladiando, e amanhã já estão se abraçando. Não perca suas amizades por causa disso, apenas cumpra com o seu dever cívico de cidadão e cobre seu candidato. Pesquisas eleitorais são termômetros importantes, mas certifique-se que os institutos que as fazem, de fato, são sérios.
Mas nem por isso se iluda e mude sua posição pelo simples fato de “vou votar no fulano para não perder meu voto”. Não é assim, o seu voto é o seu direito em se manifestar sobre algo; se está feliz, mantenha, se está descontente, mude. Não são as pesquisas que dirão o que é melhor para você. Inclusive, nesta semana mesmo, Alexandre de Moraes assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral com o velho jargão, que muito lhe é peculiar, de combate às fake news. Parece óbvio, porém seletivo.
Candidatos de direita que esboçam qualquer questionamento são perseguidos como bandidos. Candidatos de esquerda são notificados e no máximo exigido que a tal fake news seja tirada do ar, ou algo do gênero. Muito pouco para quem se diz guardião da Constituição. São tempos realmente difíceis! De todo modo, mais do que nunca, é fundamental que você, inteligente leitor, que me acompanha semanalmente neste importante veículo, perceba a necessidade, a importância em votar. São em momentos como este que estamos vivendo que, mais do que nunca, não podemos nos isentar. Precisamos sim tomar partido e decidir para um lado ou para outro, e estar com a consciência tranquila consigo mesmo.