A Ucrânia é um país geograficamente grande e seu povo não é assim tão simpático ao povo russo.
Esta semana fomos pegos de surpresa quanto a um suposto atentado ao presidente russo, Vladimir Putin. Poucos veículos noticiaram, é verdade. Mas por quê? O fato é que pouco se sabe realmente o que acontece na terra dos czares, mas um fato como esse naturalmente seria amplamente noticiado. É o que normalmente se espera. Pois bem, dando uma vasculhada sobre o conflito Rússia x Ucrânia (que, ao que parece, ainda está um tanto longe de terminar, visto que, lado a lado, a resistência é grande e o Ocidente apenas assiste), muito me preocupa o dado que pode acontecer, especialmente na Europa, com a chegada do inverno: o continente refém do gás russo.
Historicamente se sabe também que os russos gostam de jogar sujo na arte da guerra. Para os entendidos, mesmo na guerra é preciso ter regras, e estas não são lá muito apreciadas pelo grande urso oriental. A verdade é que, no máximo, o que ocorrem são protestos de lado a lado. Na guerra todos jogam sujo, apenas a informação chega aqui, digamos: mais sutil conforme cada interesse!
Ainda falando de guerra, alguns elementos são básicos: controle logístico e de comunicação. Esses dois fatores são cruciais em qualquer campanha militar, e, portanto, estratégias são construídas a partir desses dois fatores. Quando se fala em logística nos referimos a quase tudo: suprimentos, armamentos, alimentos, combustíveis, etc, etc. Quando se fala em comunicação, é na essência da palavra mesmo. Quando esses dois fatores são controlados, a guerra encaminha-se para um lado como vitorioso.
O exército russo já deu plenas demonstrações que não é assim lá tão preparado quanto se pensava. Mesmo sendo extremamente numeroso, se não for bem coordenado, pouco adianta. E aí que entra a minha (e aqui quero deixar claro) suposição.
Como a Rússia não está tendo o êxito que se esperava (inclusive por este que vos escreve), ao mesmo tempo que não joga assim tão limpo quando se trata de conflitos bélicos, o tal atentado ao presidente Putin não poderia ser, talvez, algo forjado, para que ele, Putin, possa, então, cometer outros tipos de atrocidades sem ter que “prestar contas” à comunidade internacional? Lembrando: é apenas uma suposição deste colunista. Já se passaram mais de seis meses desde que Vladimir Putin ordenou uma invasão em grande escala da Ucrânia, sob a alegação da expansão da Otan em suas fronteiras.
Será que Nostradamus não escreveu nada a respeito? Alguém sabe? Afinal, nos dias que se seguiram, políticos, comentaristas e analistas daqui e de lá previam que a invasão, e a consequente vitória, seria encerrada em poucos dias, que o povo ucraniano saudaria as tropas russas como libertadoras, e que o governo da Ucrânia entraria em colapso como um castelo de cartas. Esqueceram-se de alguns detalhes: a Ucrânia é um país geograficamente grande e seu povo não é assim tão simpático ao povo russo.
Em vez disso, mais de seis meses depois, o exército russo vem perdendo terreno. Daí vem alguns questionamentos: tudo isso terá alguma consequência política para Vladimir Putin? O suposto atentado não seria uma estratégia para resgatar o “suposto amor pelo seu líder”? Isso não é um pretexto para mais barbaridades? Vamos aguardar e, acima de tudo, vamos observar!