Aquela história de descolorir os cabelos, de ficar ensaiando dancinhas…
A Copa terminou de forma decepcionante para a torcida brasileira. Nos últimos meses, criou-se um sentimento de que nossa equipe era uma das mais fortes na disputa do título. Efetivamente, pela qualidade dos jogadores à disposição do técnico, fomos levados a acreditar nisso. Mas é bom ressalvar que uma parcela considerável da nossa imprensa, aquela que acompanha a seleção nas competições, peca pela tietagem e acaba gerando um ufanismo que nem sempre se justifica. Lembro que quando houve a convocação, a única crítica que se ouviu foi a da escolha de Daniel Alves, um jogador de qualidade, porém veterano.
Eis que após a eliminação, muitos dos cronistas que paparicavam o técnico Tite, encheram as mãos de pedras para criticá-lo, dizendo que convocou muitos atacantes e não levou laterais, e em função disso precisou improvisar. Por que não se falou disso no momento da convocação? Temos jogadores de excelente qualidade, muitos deles atuam nos principais clubes do mundo. Mas entendo que Neymar exerce uma influência negativa sobre o grupo. Ele não tem maturidade para ser um líder dentro de campo e isso ficou comprovado mais uma vez.
É inegável que ele exerce uma ascendência muito grande sobre os demais. Aquela história de descolorir os cabelos, de ficar ensaiando dancinhas, é uma demonstração de que especialmente os mais jovens, ficam querendo imitar o nosso camisa 10. Faltou em campo um líder mais forte, como já tivemos em outras Copas. Das consideradas favoritas, a nossa seleção era a única que tinha jogadores com cabelo descolorido, aquela coisa de querer chamar atenção. A postura durante a execução do Hino Nacional também não era adequada.
A começar pelo treinador, que não cantava o hino, alguns atletas ficavam ostensivamente mascando chicletes e rindo. Não é assim com as outras equipes. O momento do Hino é para eles uma eloquente evocação à pátria que representam. Observe a Argentina, França, o surpreendente Marrocos e a nossa algoz Croácia. Todas se mostram extremamente concentradas dentro de campo, nenhum jogador apresenta visual espalhafatoso.
A derrota foi, simplesmente, resultado da falta de concentração em administrar um resultado que era positivo. Um vacilo sem explicação. E mais uma vez não conseguimos chegar entre os melhores, para tristeza especialmente das crianças que têm dificuldades para entender um resultado adverso. Detalhes nos tiraram da Copa mais uma vez, embora, em minha opinião, tecnicamente, só a França tem uma equipe de qualidade parecida com a nossa. Nossos atletas tanto ensaiaram danças, que dançamos todos.