
Bons exemplos de associativismo não faltaram no Café Acefb de terça-feira, 4, na Associação Empresarial de Francisco Beltrão. O encontro foi conduzido pela coordenadora do Núcleo Beltronense dos Microempreendedores (Nubmei), Esmeralda Gusmão.
Após a abertura da reunião, a consultora do Sebrae de Pato Branco Vaniely Cirino falou sobre “A contribuição do microempreendedor individual no município”. Vaniely trouxe números que apontam o crescimento dos microempreendedores individuais no cenário econômico e destacou a importância desses profissionais. “São mais de 5 milhões de MEIs em todo o Brasil e pouco mais de 2 mil em Francisco Beltrão. Até 2022 a expectativa é que esse número salte para 7 milhões no país.”
Segundo Vaniely, um dos motivos para o aumento nos números se deve à desburocratização em formalizar seu próprio negócio. “O MEI fomenta a economia local, proporciona a inclusão social e, consequentemente, melhora a qualidade de vida de todos”, afirmou.
Sonia Dapper atua no segmento de moda íntima desde 2011. Para ela, o que faltava para seu negócio avançar mais era a gestão da empresa, que conta com uma funcionária. “Sabemos produzir e vender, mas estávamos encontrando dificuldades em administrar nosso negócio. Mas com o apoio do Sebrae, do Centro Empresarial e da Acefb, essa realidade começou a mudar, está fazendo uma diferença positiva para continuarmos trabalhando”, avaliou Sonia.
Esmeralda agradeceu a presença dos participantes e apoiadores na criação do Nubmei. “Temos o Sebrae como um grande incentivador de nossos projetos”, enalteceu Esmeralda. Entre as próximas ações do núcleo da Acefb está a confecção de sacolas personalizadas, criação de selo de qualidade e marca das empresas, aquisição de máquinas de cartão de crédito, estruturação para participar de feiras locais e regionais e participação de encontro de MEIs em São Lourenço do Oeste (SC), dia 11 de agosto.
Exemplo a ser seguido
E para quem “abandonou a carteira assinada” e não sabe o que fazer para ocupar o tempo livre, a nucleada Valdirene Biazin deu a dica – ela inclusive venceu a depressão e hoje se ocupa com artesanato: “Comecei nessa área há uns dez anos. Eu trabalhava numa empresa e quando fiquei somente em casa, comecei a me sentir inútil. A depressão chegou e eu não sabia o que fazer. Foi então que conheci a Lídia (Backes), que trabalhava com pintura em tecido. Aprendi a pintar e agora somos parceiras de trabalho e integramos o núcleo da Acefb”. As duas artesãs percorrem municípios da região vendendo seus produtos e ensinando para outras mulheres a arte da pintura em tecidos.
As reuniões do Nubmei acontecem todas as quintas- feiras, a partir das 19h, na Acefb. “Queremos acolher mais empresas em nosso núcleo. Aproveito para convidar quem tiver interesse em somar junto com a gente”, disse Esmeralda.

ao lado, Vaniely Cirino, do Sebrae.