Evento tem o objetivo de levar a produtores de leite em toda a região mais conhecimentos e técnicas que melhorem a produção.

começa hoje mais uma Via Tecnológica do Leite, no Centro de Eventos, em Francisco Beltrão.
Fotos: Rubens Anater/ JdeB
Hoje começa mais uma edição da Via Tecnológica do Leite, uma promoção da Prefeitura de Francisco Beltrão, Emater, Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e Rural Leite Sudoeste. O evento acontece no Parque de Exposições Jayme Canet Júnior e tem o objetivo de qualificar produtores de leite de todo o Sudoeste, para melhorar a qualidade do produto, os níveis de produção da região e também a geração de renda das famílias que vivem do leite.
Na tarde de ontem, na reta final da organização do evento, o Jornal de Beltrão conversou com Maria Lucia Matarezi, diretora do Departamento Agropecuário da Prefeitura de Beltrão. Maria Lucia estava acompanhando a preparação do centro de eventos do parque de exposições e disse que o dia estava movimentado para conseguir deixar o espaço perfeito para receber o evento. Porém, a diretora disse que “tudo está dentro da normalidade para que a gente possa fazer uma boa abertura da feira”.
Hoje, às 8 horas, o parque de exposições começará a receber animais e à tarde estão programadas reuniões de entidades. Às 19 horas acontece a abertura oficial do evento para o público e, a partir daí, durante todo o evento, que vai até domingo, o parque de exposições receberá diversas palestras, minicursos, mostras de animais e também a venda de produtos ligados à produção e transformação do leite. “Temos 44 expositores que são relacionados à parte do leite, que vão estar aqui mostrando equipamentos e tecnologias que o produtor pode conhecer”, conta a diretora Maria Lucia.
A expectativa é de presença de grande número de produtores de leite, extensionistas de órgãos públicos e cooperativas ligadas à produção agropecuária, além de estudantes de Agronomia, Medicina Veterinária e de cursos de Técnico Agropecuária. “A gente espera a vinda de produtores, de Beltrão e da região, para prestigiar o evento, e que possam sair daqui com o conhecimento e com as novas tecnologias que o evento está trazendo.”

do julgamento de animais, um ponto alto da Via Tecnológica do Leite.
Via Tecnológica começa com reuniões de entidades
As primeiras atividades da Via Tecnológica do Leite são as reuniões marcadas para a tarde, começando com a da Associação dos Secretários Municipais de Agricultura da Região do Sudoeste (Assema). “É uma reunião que fazemos a cada 30 ou, no máximo, 60 dias, em que a gente troca informações e experiências. A pauta está sempre voltada ao que é comum a todos e o que a gente pode estar fazendo para ter um alinhamento entre os secretários”, conta Maria Lucia.
Logo depois acontece o encontro dos Conselhos de Sanidade Animal (CSA), entidades que deliberam nos municípios sobre o assunto. Segundo Maria Lucia, a atuação destes conselhos está parada no momento, devido à troca de gestões municipais. O objetivo da reunião é retomar os conselhos, para que comecem de novo a atuar em cada município.
Seminário da UTFPR quer fortalecer a transformação do leite no Sudoeste

está na coordenação do evento.
Paralelamente às reuniões da Assema e dos CSA, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Francisco Beltrão, promove o 4º Encontro de Laticínios do Sudoeste do Paraná, no restaurante do Parque de Exposições Jayme Canet Júnior, também como parte da Via Tecnológica do Leite.
O seminário acontecerá das 14 às 16 horas, com a participação de 25 e 30 laticínios da região. “Somos a maior bacia leiteira do Paraná e com a maior concentração de laticínios pequenos e médios do Estado. Então a ideia é convidar os queijeiros diretamente, não só os proprietários de laticínios, para discutir tecnologia de produção e melhoria da qualidade”, diz o professor João Marchi, da UTFPR.
Para essa conversa, está convidado um especialista em produção de queijos da Sacco do Brasil, que será acompanhado por professores da UTFPR na apresentação de técnicas e tecnologias que podem melhorar a produção na região.
No fim da tarde, a UFTPR promove a 2ª Mostra Regional de Queijos, com os mesmos laticínios, que apresentarão sua produção para a população degustar e ver a variedade de queijos que a região já produz. A mostra acontecerá em um estande no pavilhão principal do parque de exposições.
Para o professor João Marchi, o objetivo é melhorar a transformação de leite na região. Segundo ele, o Sudoeste tem a maior bacia leiteira do Paraná, mas 30% do leite produzido se destina a empresas de fora da região. “A gente quer que haja uma valorização dos laticínios daqui e que novos laticínios também venham se instalar no Sudoeste para que a gente tenha um parque industrial de transformação bastante forte. Porque quanto maior a agregação de valor nos produtos, maior a geração de empregos e a movimentação financeira na região.”
João conta que existem laticínios na região que processam de 100 mil a 200 mil litros de leite ao dia, mas também há uma série dos médios e pequenos, que recebem de 20 a 30 mil litros. “Além de uma camada de laticínios que a gente chama de queijarias artesanais, que tem uma quantidade imensa e ainda estão acessando a inspeção municipal.”
Dessa forma, outro dos objetivos é fortalecer essas queijarias e tirar pelo menos 100 da clandestinidade, possibilitando a certificação de seus produtos e abrindo mais mercados.