JdeB – Os professores das universidades estaduais começaram ontem, 15, uma greve por melhores salários. Na Unioeste, campus de Francisco Beltrão, também teve adesão. Vanessa Furtado Fontana, vice-presidente do Sindicato dos Professores (Adunioeste), disse ao JdeB que a adesão está parcial em Beltrão. “Muitos [professores dos] cursos pediram prazo para avaliar a adesão à greve, mas Francisco Beltrão é um caso à parte se comparar com os outros campus. Em Cascavel tivemos adesão total, estão bem articulados. Marechal Rondon teve atividades informativas sobre a LGU. E Toledo teve bastante adesão. Foz também teve atividades informativas, panfletagem e distribuição de material”.
A greve engloba os professores de todas as universidades estaduais. Vanessa relata que o Comando Sindical Docente, entidade que representa o conjunto das universidades públicas estaduais, tem feito reuniões constantes. “A categoria docente vem demonstrando insatisfação há tempos. Em assembleias realizadas, os docentes aprovaram paralisação e agora greve por tempo indeterminado.”
A pauta é a reposição das perdas inflacionárias da categoria, a data-base, que não é reposta há sete anos. De acordo Com Vanessa, isso já causou perda real de 18 salários dos docentes até agora.
Ela diz que o governo Ratinho, “não abre mesa de negociação, desde seu último mandato. Agora, com o novo mandato, nos recebeu algumas vezes sem reconhecer a dívida da data-base e nem oferecer proposta. Os 5,79 % foram anunciados pelo governador Ratinho na televisão. Na prática não temos uma proposta formal e nem confirmação desse percentual que seria somente para agosto”.
Foi pedida pelo Comando de Greve uma reunião com o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Aldo Bona. “Estamos confiantes que o governo fará uma proposta mais justa de reposição”, afirma a dirigente sindical.
Governo do Estado diz que há diálogo
Da assessoria – A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias.
A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo.