Os julgamentos foram coordenados por Iton Ribeiro Júnior, de Castro.

A cada ano a qualidade genética dos animais evolui.
Se de um lado o número de visitantes foi menor na edição de 2017 da Via Tecnológica do Leite, promovida de 28 de junho a 2 de julho, no Centro de Eventos de Francisco Beltrão, de outro sobraram elogios do médico veterinário e juiz do julgamento de bovinos da raça Holandesa, Ilton Ribeiro Júnior. A diretora do Departamento Municipal de Agricultura, Maria Lúcia Matarezi, e o presidente da Rural Leite Sudoeste, Marcos Rovani, da comissão organizadora, destacaram os resultados alcançados com a feira.
Os julgamentos de terneiras, bezerras, novilhas e vacas foram a atração da Via Tecnológica do Leite. Na tarde de sábado, dia 1º, houve a avaliação de bovinos pelo ranking da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa do Paraná, com a participação de criadores de cinco municípios – do Sudoeste, teve animais de Beltrão e Mangueirinha.
Na manhã de domingo, 2, foram avaliados os bovinos do Clube da Bezerra de Beltrão. O clube foi instituído para incentivar as crianças e pré-adolescentes a cuidarem das terneiras e bezerras de raças leiteiras e a se manterem nas atividades rurais. As avaliações de sábado e domingo foram comandadas pelo médico veterinário Ilton Ribeiro Júnior, de Castro (PR), da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa.

Fotos: Flávio Pedron/JdeB
Melhoria a cada ano
Ele destacou que a qualidade do rebanho do Sudoeste do Paraná continua evoluindo. “O nível da genética vem melhorando a cada ano, pra cada vez ter mais retorno genético pra ter mais produção e pra cuidar da propriedade”, disse Ilton, que veio pela quarta vez para coordenar os julgamentos.
Ao ser questionado sobre o nível de produção e genética animal entre as regiões Sudoeste e dos Campos Gerais, que conta com pecuaristas com grande produção e animais de alta genética, o avaliador comentou que o importante é o aprimoramento dos pecuaristas. “Você produzindo leite aqui ou não, você tem que sobreviver da propriedade, cada um tem que se adaptar ao seu tamanho ou estrutura, mas nunca esquecer que você tem que sempre se aprimorar, se você tiver dez vacas ou 500 vacas, tem que trabalhar em genética, em conforto e e nutrição, tanto em minifúndio quanto numa grande propriedade”, observou.
Organizadores contentes
Maria Lúcia Matarezi, diretora do Departamento de Agricultura, e o presidente da Rural Leite, Marcos Rovani, integrantes da comissão organizadora da Via Tecnológica do Leite, estavam satisfeitos com os resultados alcançados pelo evento. “Estamos bem satisfeitos. Principalmente porque os animais da nossa região, e quem participou, viu que o juiz fez boas referências aos animais. Isso traz uma grande alegria pra nós e pra mostrar que estamos preparados para eventos dessa maneira”, comentou Maria Lúcia.
Marcos também estava contente com a exposição de 2017. “Foi um evento de grande sucesso. Todo mundo sabe o desânimo e a desconfiança que temos com esse terrível momento na história do País. Mas a Via vem se consolidando. Os empresários abraçam por ser um evento direcionado do leite, não sendo multisetorial ela se torna importante nas empresas específicas do ramo. Vêm aqui, marcam presença, fazem negócios ou simplesmente fazem o marketing. Eles entram em contato com as pessoas para realizar os objetivos. Com relação aos animais, mais uma vez foram superadas as expectativas no sentido da qualidade.”
Crise assustou
Não fosse a crise econômica e a redução no preço do leite, a participação de pecuaristas poderia ter sido maior.
“Nós percebemos que a crise em si tem assustado, inclusive, os próprios produtores que num momento de confirmar a presença tiveram dificuldade de se fazer presentes em função de que há uma remuneração menor no valor do leite e isso, logicamente, impacta na propriedade. Nesse momento tivemos alguns problemas a respeito disso. Nós poderíamos ter uns 20%, 30% animais a mais, mas os que vieram eram de boa qualidade e isso pra nós é satisfatório”, comentou Marcos.