Elas apresentavam algum sintoma de gripe ou temperatura corporal acima do norma.
Amanhã completam-se 20 dias desde o início do funcionamento das barreiras sanitárias em Francisco Beltrão. Os pontos foram instalados em quatro locais estratégicos – em frente à BRF, centro de Eventos Marabá, CRE e portal italiano – para verificar se quem está entrando na cidade possui algum sintoma e se vem de áreas de risco da pandemia de Covid-19.
Nos 18 primeiros dias de operação, ao menos 1.870 pessoas precisaram ser monitoradas. É gente que passou pelas barreiras com algum sintoma de gripe ou foi verificada com temperatura corporal acima do normal. Quando isso acontece, a equipe de saúde faz um acompanhamento diário por até duas semanas, com contatos via telefone, para saber se os sintomas desapareceram ou se agravaram.
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“Nesse acompanhamento, a maioria das pessoas se recuperou bem, mas teve casos que precisaram ser encaminhados à UPA, alguns até foram testados para coronavírus, mas deram negativo”, detalha o enfermeiro Junior Nesi, que integra a coordenação da força-tarefa de combate à Covid-19 no município. A maioria dos visitantes que precisaram ser acompanhados veio de municípios próximos a Beltrão e o protocolo nas barreiras é a identificação de todos os veículos e pessoas que vêm de fora, com sintomas ou não.
Quem mora em Beltrão é identificado somente na primeira passagem e recebe um adesivo no veículo para ter trânsito liberado nas barreiras. Esse modelo de acompanhamento de visitantes, aliado às medidas de restrição da circulação de pessoas na cidade, vem dando certo, segundo Junior. “Nós temos uma avaliação positiva, principalmente das barreiras, porque hoje não temos a circulação do vírus em Beltrão, somente um caso que veio de fora foi confirmado.”
Profissionais e voluntários
Cerca de 150 profissionais e voluntários estão envolvidos neste trabalho realizado nas barreiras sanitárias. As equipes são divididas em três turnos diários e cobrem a circulação entre as 6h e meia-noite. Além de agentes das secretarias de Saúde, Educação e Viação e Obras, também são envolvidos voluntários da cidade, policiais, agentes de trânsito, bombeiros e funcionários de outras áreas do Estado.

Medição da temperatura corporal é obrigatória para quem vem de fora.
Foto: Leandro Czerniaski/JdeB