Minha mãe vivia me repreendendo pela minha excessiva curiosidade. Sempre fiz muitas perguntas, queria saber detalhes a mais.
É comum ver crianças sendo repreendidas pelas mães devido à sua curiosidade. Elas gostam de mexer em tudo, vasculhar o que aparece à sua frente. É verdade que crianças excessivamente curiosas são inquietas e provocam situações, às vezes, engraçadas, outras perigosas, algumas inoportunas.
Minha mãe vivia me repreendendo pela minha excessiva curiosidade. Sempre fiz muitas perguntas, queria saber detalhes a mais de qualquer coisa que me contavam. Mais tarde, já na universidade, lembro de uma professora de sociologia que afirmava que um repórter precisa ser alguém que sinta vontade de espiar pelo buraco da fechadura. Hoje as fechaduras não permitem que façamos isso, mas há meios muito mais eficientes de bisbilhotar a vida alheia ou investigar os fatos.
Todos somos curiosos em maior ou menor grau. A curiosidade é essencial e graças a ela ocorreram muitas invenções e o mundo evoluiu. Em função disso, deveríamos manter a nossa curiosidade ativa pela vida afora. O permanente desejo de conhecer o novo é fundamental em histórias de sucesso. Se não tivermos ousadia, estaremos optando pela mesmice e deixaremos de conhecer uma imensidão de coisas novas.
É o gosto pelo desconhecido que nos leva a experimentar situações diferentes, conhecer pessoas e lugares, novas filosofias de vida. Ficar o tempo todo no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas, ao lado das mesmas pessoas pode resultar em maior segurança, mas tornará a vida monótona e sem desafios. Se todos tivessem se acomodado, sem ousar nunca, o mundo seria bem diferente, certamente muito parecido com o que viveram nossos avós.
Um dia alguém resolveu que as carroças poderiam ter motores e andar mais rápido, outro ousou voar, alguém decidiu que daria para enfrentar doenças. Assim nasceram o conforto e a solução para muitos problemas. O mundo só continuará evoluindo devido à eterna insatisfação dos curiosos.