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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

A era da futilidade

O que chateia é ver tanto destaque às ditas celebridades. Fico com a impressão de que estou vivendo numa época com a qual já não me identifico.

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Você abre um site de informação e dá de cara com as novidades do Big Brother, o novo namorado da Anitta, uma frase desbocada de Preta Gil e outras abobrinhas parecidas. Não estou interessado em nada disso, mas está lá. No esporte, invariavelmente em primeiro plano estão notícias do Flamengo e do Corinthians, na política é alguma reportagem desancando Bolsonaro ou o Lula prometendo repetir coisas que, segundo ele, mudaram o Brasil.

Há uma insistência da grande imprensa em relação a personagens que não aguentamos mais. Em outros tempos era a Xuxa ou Neymar. Este ainda aparece muito, mas pelo jeito caiu um pouco de cotação. Costumo acompanhar o noticiário, geralmente inicio o meu dia com o passeio pelos principais sites de notícias. O que chateia é ver tanto destaque às ditas celebridades, algumas das quais só o são porque não têm nenhum constrangimento em aparecer com pouca roupa ou dizendo alguma bobagem.

É compreensível a insistência em temas e personagens que despertam interesse no grande público e resultam em maior volume de acessos. Mas a vida não se resume a esse mundinho. Há iniciativas positivas e acontecimentos que mereceriam divulgação, mas são propositalmente esquecidos. O jeito é passar por cima de tudo isso e focar em assuntos que de alguma forma nos deixem informados. Muita gente prefere ir direto a blogs específicos ou acompanhar podcasts dos inúmeros influencers que pululam na internet.

Esse, aliás, é um outro fenômeno cada vez mais presente na vida das pessoas. Há influencers com milhares de seguidores e que assumem status de autênticos gurus. Questiono a validade de tudo isso, mas, não posso ignorar que é algo que se impõe em nossos dias. Ao analisar o conteúdo de tantos sites, fico com a impressão de que estou vivendo numa época com a qual já não me identifico. Talvez seja a idade, exigência demasiada ou chatice mesmo.

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