A cada dois anos os pesquisadores faziam uma entrevista para saber como estava a vida pessoal de cada um. Tudo era levado em conta.
O que verdadeiramente realiza as pessoas: o sucesso ou a riqueza? Nem uma coisa nem outra. Relacionamentos longos e felizes é o que tornam as pessoas felizes de verdade. A conclusão é de um dos mais completos estudos já feitos sobre o assunto. É o mais longevo estudo sobre a felicidade e vem sendo feito pela Universidade de Harvard. Iniciado em 1938, prossegue até hoje, acompanhando a trajetória de 268 estudantes e, com o passar do tempo, ampliou sua abrangência para os seus filhos e netos, totalizando 1.300 pessoas.
A cada dois anos os pesquisadores faziam uma entrevista para saber como estava a saúde e a vida pessoal de cada um. Tudo era levado em conta, vitórias e fracassos profissionais e nos relacionamentos. O que se constatou é que as vidas foram muito diferentes, uns obtiveram sucesso, outros desenvolveram doenças ou tornaram-se dependentes químicos. Alguns morreram cedo, outros estão com mais de 90 anos. “Os relacionamentos, o quão felizes estamos neles, exercem uma influência poderosa sobre a nossa saúde”, concluiu o psiquiatra Robert Waldinger, diretor do estudo. O estudo de Harvard comprovou que relacionamentos satisfatórios protegem não apenas a saúde física, mas também o cérebro.
Vínculos fortes com a família constituem um poderoso aliado de todos aqueles que estão em melhores condições de saúde. Por outro lado, o estudo evidenciou que a solidão é tão letal quanto o tabagismo ou o alcoolismo. Com base nessa pesquisa, não é nenhum exagero afirmar que na maior parte do tempo corremos na direção errada, atrás de metas que não levarão à realização pessoal. Gastamos as nossas vidas em busca de riqueza, fama e poder, mas não é com eles que seremos felizes.
O professor Waldinger tem uma sugestão simples: “Quer viver melhor? Invista na alegria”. Ele fala com a sabedoria de quem conheceu em detalhes a vida de centenas de pessoas. Não é bom desconsiderar o seu conselho.