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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

A vida pede mais

Você não é insubstituível, por melhor que seja naquilo que faz. Um dia você não estará mais no seu trabalho, a empresa vai colocar alguém no seu lugar e seguirá em frente. Mas há gente que se acha único. São pessoas que não tiram férias, não delegam tarefas e não gostam de dar espaço para os outros.

Recebi um vídeo de um ex-gerente da Caixa Econômica em Francisco Beltrão em que ele explica que pretende aproveitar intensamente a vida nos próximos anos. O raciocínio dele é bem simples: aos 63 anos, diz esperar viver até 85. Assim, acredita que terá pouco mais de dez anos para usufruir a vida com boa saúde, no que está certo.

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Por mais que alguém consiga viver bastante, terá limitações a partir dos 70 anos, impostas pelo organismo. Munido de uma trena, esse senhor mostra a marca correspondente a 63 e diz, “isto aqui foi o que vivi; não tem mais como recuperar”. Em seguida mostra o pedaço de trena de 20 centímetros: “É o que terei para viver, preciso aproveitar”.

Em sua fala, ele explica que gosta de viajar e vai viver exatamente dessa forma. Achei interessante o vídeo, porque, de uma forma didática, mostra que ao chegar à sexta década de vida, nos encaminhamos — queiramos ou não — para a fase final de nossa existência. O mínimo que podemos é nos esforçar para que esse período seja aproveitado intensamente.

E aqui, cada um pode escolher o seu jeito de acordo com a própria realidade, independentemente da situação financeira. Devemos buscar qualidade em todos os sentidos, reservar mais tempo para nós, fazendo o que gostamos, convivendo com pessoas que valham a pena. Se você precisa trabalhar e não há outra alternativa, procure reduzir o ritmo, abra espaço na sua rotina para mais lazer e momentos agradáveis, conviva com as pessoas que você ama.

Não tem sentido morrer trabalhando. Até porque se você não ficou rico até agora, dificilmente conseguirá nos próximos anos. E mesmo que o dinheiro seja o seu objetivo maior, tem sentido acumular fortuna e não usufruir? Não vale a pena deixar fortuna para herdeiros que tantas vezes além de não cuidar dela, muitas vezes a transformam em motivo para desavenças intermináveis. O que nos resta é fazer boas escolhas enquanto é possível.

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