Aquele roteiro do namoro, noivado e casamento já não é o que conta para a maioria.
O jeito de amar mudou e isso não é difícil de perceber. Os jovens parecem não concordar com aquela máxima do até que a morte os separe. É tudo mais instantâneo e nenhuma preocupação com a duração. O que conta é a intensidade do sentimento. O fato é que o amor romântico virou coisa do passado, está restrito a filmes e novelas e olha lá. Os jovens querem hoje relações intensas, livres e flexíveis, e sem preocupação com o prazo de duração. Ou, como dizia o poeta, infinita enquanto dure.
Aquele roteiro do namoro, noivado e casamento já não é o que conta para a maioria. Uma pesquisa feita na Inglaterra e nos Estados Unidos, envolvendo pessoas de 20 a 40 anos, mostrou que de cada dez entrevistados, apenas um está numa relação séria. Em estudo feito pelo site de relacionamento Ashley Madison, um dos maiores do mundo, mais da metade dos entrevistados afirmou que não pretende deixar de ser solteiro. Essa é também a realidade brasileira. Em 2020, o número de casamentos caiu 26%, segundo o IBGE, mas aí deve-se levar em conta a pandemia, que impediu a concretização de muitas uniões oficiais.
E dos que casam, a duração dos relacionamentos vai ficando cada vez mais curta. O período médio de uma união caiu de 17 para 13 anos na última década. Quem tem jovens na família já deve ter percebido essas mudanças. Eles estão priorizando outras experiências em detrimento do casamento e não parecem interessados em se comprometer tão cedo.
Casamentos após os 40 anos também estão cada vez mais comuns. Nascido no século XII na França, o conceito de amor romântico se disseminou pelo mundo e em épocas mais recentes ganhou força especialmente com os romances e os filmes. Mas parecem estar fora de moda. Hoje predominam menos compromissos e amarras sentimentais; é a realidade que as novas gerações estão construindo. Se esse é o jeito que os faz felizes, que assim seja.