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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Andanças por Montevidéu

Passei uma manhã inteira visitando o museu, que fica sob as arquibancadas do histórico estádio Centenário, na primeira Copa do Mundo, 1930. Pretendo voltar lá um dia.


Quando estive em Montevidéu, andei muito a pé por suas ruas e avenidas. A capital uruguaia é uma cidade plana, que favorece as caminhadas. Com cerca de 1,4 milhão de habitantes, é um pouco menor que Porto Alegre e tem quase 500 mil habitantes a menos que Curitiba.

A arquitetura, principalmente no centro histórico, é muito bonita, com charmosos e bem conservados edifícios. Nos bairros, ruas tranquilas e arborizadas. Um detalhe interessante é que quase a metade da população do país, que é de 3,4 milhões, vive na capital. O Uruguai é um país interessante, sem grandes indústrias, mas que apresenta boa qualidade de vida.

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No Mercado do Porto, não se pode perder a oportunidade de experimentar a deliciosa carne preparada na Parrilla. Em minhas andanças por Montevidéu, estive no Estádio Centenário, palco da primeira Copa do Mundo, em 1930. Encontrei ali um porteiro simpático, apaixonado pelo futebol brasileiro e que sabe de memória a escalação da seleção brasileira em várias épocas.

Lá está o Museo del Fútbol, que conta a história da construção do estádio, com capacidade para 65 mil torcedores e exibe valiosas relíquias, incluindo troféus, camisas e muitas fotos. Chamou-me atenção a exposição de camisas de craques, como Pelé, Tostão, Rivellino, além de outros tantos do Uruguai, Argentina e do mundo inteiro.

O interessante é que algumas camisas do Peñarol e Nacional, principais clubes uruguaios, estão expostas com marcas de barro, parecem ter sido recolhidas logo após o jogo. Há uma coleção de bolas, e aí percebemos o quanto elas eram rudimentares e pesadas no passado; o mesmo ocorria com as chuteiras, tão rústicas que mais parecem botinas de pedreiro. Nada a ver com os calçados atuais de nossos craques, levíssimos e extremamente anatômicos.

Uma das atrações são os móveis do primeiro tribunal de justiça desportiva da Fifa, com o mobiliário original. Ao conversar com o porteiro do museu fiquei surpreso ao ver que uma pessoa de outro país conhecer tanto do nosso futebol, inclusive relembrando jogos que ele assistiu naquele gramado envolvendo nossos grandes craques. Passei uma manhã inteira visitando o museu, que fica sob as arquibancadas do histórico estádio. Dentre tantas atrações da capital uruguaia, essa é uma visita que vale a pena. Pretendo voltar lá um dia.

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