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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Assis, uma experiência inesquecível

Saber que lá repousa um dos queridos santos da Igreja Católica é algo tão grandioso que parece ir além de nossa compreensão.


De todos os lugares por onde andei, o que mais me emocionou foi Assis, a cidade italiana onde viveu e está sepultado São Francisco. Ao chegar, o desembarque acontece fora das muralhas da antiga cidade, que conserva integralmente a aparência da Idade Média, com ruas estreitas e casarões de ambos os lados.

Com cerca de 28 mil habitantes, Assis não mudou muito desde os tempos em que o santo ali viveu. Fiquei imaginando Francisco percorrendo aquelas ruelas em bebedeiras, nas madrugadas com amigos, antes de sua conversão. Filho de pai rico, o jovem vivia uma rotina de festas e diversão.

Numa das portas da cidade foi filmada a icônica cena do filme “Irmão Sol, Irmã Lua”, em que o fundador dos franciscanos despe a roupa e a entrega para o pai, após a briga que o levou definitivamente para uma vida inteiramente voltada para o próximo. Seu pai, um rico mercador, queria que o filho seguisse seus passos, assumindo os negócios da família, mas o jovem vivia doando mercadorias aos pobres e não demonstrava qualquer interesse em seguir no negócio.

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A pequena cidade é encantadora. Fica no alto de uma colina, a exemplo da maioria dos centros medievais. Bem antes de chegar, já se pode ver os contornos da histórica cidade no alto da montanha. Quando adentramos, estava sendo celebrada uma missa. Tudo ali convida à oração. A arquitetura imponente, com séculos de história, as músicas entoadas por um solene coral, o cheiro de incenso, parece que retrocedemos oitocentos anos, quando o santo ali viveu.

É preciso entrar numa longa fila para se aproximar da tumba do santo, no subsolo. E à medida que avançamos, todo o nosso ser é invadido por um sentimento inexplicável e uma imensa paz. A espiritualidade está no ar, muitos não conseguem conter as lágrimas.

A Basílica de São Francisco fica numa elevação, é grande e imponente, majestosa como a maioria das igrejas daquela época. Ao sair dela, para retornar ao centro, pelo lado esquerdo, há um amplo gramado e uma elevação. Quando nos afastamos, é inevitável parar e olhar para trás e contemplar mais uma vez o templo. Saber que lá repousa um dos queridos santos da Igreja Católica é algo tão grandioso que parece ir além de nossa compreensão. E ali mesmo já começou a crescer a vontade de voltar um dia.

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