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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Difícil entender

O marido faz tudo para agradá-la, mas ela, por vezes, não esconde a insatisfação com ele. Afinal, o que realiza uma pessoa assim?

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Olhando-a assim, é quase impossível pensar que ela não tem uma vida perfeita. Jovem, linda, muito bem vestida e simpática. Dirige um carro de quase meio milhão de reais, vive numa moradia que vale muito mais que isso e respira luxo o tempo todo. E no entanto reclama da vida, frequentemente diz que não vê sentido em sua existência.

O marido faz tudo para agradá-la, mas ela, por vezes, não esconde a insatisfação com ele. Afinal, o que realiza uma pessoa assim? Olhando superficialmente, parece que ela tem tudo o que quer ou tudo o que precisa para viver muito bem. Porém, o seu padrão de comparação são as amigas mais ricas, que passam temporadas frequentes na Europa, o inverno numa estação de esqui e, ao retornar, longas viagens pela costa brasileira. E ao observá-las ela se acha pobre. E sofre porque essa é a vida que gostaria de ter.

Então pergunto se essas amigas milionárias são felizes. Com voz de tédio, diz que não, algumas também reclamam de suas vidas, que consideram enfadonhas. Que ironia é analisarmos essas pessoas, mesmo habitando uma realidade que seria de sonho. Parece que quando a pessoa tem tudo, dá um jeito de achar motivos para ficar infeliz. Ou é a aparência, o nariz que precisa ser menor, os filhos que não são carinhosos, ou o marido que só pensa em negócios e não tem tempo para ela.

Ao ouvir os lamentos dessa gente, ficamos a nos questionar o que seria dessas pessoas se tivessem que encarar uma realidade de trabalho duro, ônibus lotado e dinheirinho contado no fim do mês. Elas não têm que se preocupar com as despesas de casa, o cartão de crédito está à mão, praticamente sem limites, e suas horas são preenchidas numa rotina de lojas, cafés e recepções que só mudam o endereço, mas se repetem quase à exaustão.

Definitivamente, a vida não é justa. Pessoas assim vivem numa realidade tão diferente da enfrentada pela maioria que já estão numa espécie de paraíso. É mais ou menos como uma piada que circulou quando Ayrton Senna morreu. Ao chegar ao céu, São Pedro o recebeu e foi franco com ele. “Seja bem-vindo, mas você que morou em lugares maravilhosos, teve sempre os melhores carros, jatinho, helicóptero e as mais lindas mulheres vai achar isto aqui um saco”. É mais ou menos por aí.

Acefb e o futuro

A Associação Empresarial de Francisco Beltrão, com seus núcleos e órgãos agregados, está sempre em ebulição no debate de projetos e ideias para a cidade. Com muitos jovens envolvidos, é a esperança para a construção de um futuro promissor.

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