É lamentável que nossos governantes tenham transformado o Palácio do Planalto numa agência de viagens, em que milhões de reais escoam pelo ralo, a ponto de um gigantesco avião da FAB ser colocado à disposição da primeira-dama.
A grande imprensa, ainda de forma cautelosa, começa a admitir que o governo Lula não tem futuro. Por mais que haja esforço e ampliação das benesses — a mais nova é a isenção da conta de luz para mais de 60 milhões de consumidores —, as trapalhadas se sobrepõem.
Até mesmo em redutos lulistas, as avaliações do governo despencaram. Nos dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas Gerais, o partido do presidente não está conseguindo arranjar candidato para o governo, o que coloca em risco as pretensões de reeleição.
Basta acompanhar o noticiário econômico para perceber o quanto o governo está perdido. Não tem o apoio no Congresso, precisa negociar e distribuir recursos em cada votação importante, pois até partidos que detêm ministérios não são fiéis na Câmara Federal ou no Senado.
Lula é um homem isolado que não consegue sair à rua, nem participar de qualquer evento aberto. Por onde vai o presidente, o que se vê são caravanas de ônibus contratados para levar a famosa claque de sindicalistas e “movimentos” para garantir aplausos. Nem assim são evitados constrangimentos como o ocorrido na semana passada, no Congresso Nacional dos prefeitos, quando o presidente foi estrepitosamente vaiado.
Parece que Lula não aprendeu que governar é algo bem mais complexo do que fazer discursos. A situação do país é preocupante, os gastos não diminuem, e o que é pior, geralmente são mal direcionados, pois não há grandes projetos em andamento.
Que programa estrutural o governo federal está fazendo na atualidade? O que se vê é muito dinheiro liberado para quadras esportivas e obras sem relevância, só para afagar deputados. Enquanto isso, nossas rodovias estão saturadas, precisamos modernizar portos, aeroportos e ferrovias, mas não há dinheiro para isso.
É lamentável que nossos governantes tenham transformado o Palácio do Planalto numa agência de viagens, em que milhões de reais escoam pelo ralo, a ponto de um gigantesco avião da FAB ser colocado à disposição da primeira-dama para deslocamentos dispendiosos, em que vai acompanhada por uma inútil caravana.
A população começa a perceber que esse festival de viagens não leva a lugar nenhum. Difícil sustentar um governo como esse.